A demissão por justa causa é considerada a penalidade máxima para um trabalhador, sendo regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Essa modalidade de rescisão por justa causa se aplica apenas em casos de faltas graves cometidas pelo empregado, conforme detalhado no artigo 482 da CLT, que lista 14 motivos que podem justificar tal decisão. Ao ser demitido por justa causa, o trabalhador perde importantes direitos, como aviso prévio, FGTS e seguro-desemprego.

O escritório Vieira Braga Advogados se especializa em orientar tanto empregados quanto empregadores sobre o correto procedimento legal a ser seguido para evitar complicações futuras. É essencial compreender que, mesmo após a demissão por justa causa, o trabalhador ainda tem direito ao saldo de salário, férias vencidas e proporcionais, e 13º salário proporcional. No entanto, a rescisão contrata implica na perda do décimo terceiro salário proporcional, tornando a consultoria jurídica trabalhista fundamental para esclarecer as nuances desse processo e garantir a proteção dos direitos dos colaboradores.
Principais pontos
- A demissão por justa causa é a penalidade máxima para um trabalhador.
- Há 14 motivos que justificam a demissão por justa causa conforme a CLT.
- Trabalhadores perdem muitos direitos após uma demissão por justa causa.
- Consultoria jurídica é crucial para entender os direitos em caso de justa causa.
- O pagamento das verbas rescisórias deve ser feito em até 10 dias corridos.
Entendendo a justa causa
A justa causa é um conceito fundamental no âmbito das relações trabalhistas e se refere à quebra de confiança entre empregado e empregador. Essa condição torna a continuidade da relação de trabalho insustentável, validando a rescisão do contrato de trabalho. O artigo 482 da CLT especifica diversas situações que configuram uma demissão por justa causa, conhecidas como motivos para demissão por justa causa.
Definição e contexto legal
Os motivos para demissão por justa causa incluem ações que demonstram desonestidade, desrespeito e comportamentos inaceitáveis no ambiente de trabalho. Ato de improbidade, por exemplo, pode envolver furto e adulteração de documentos. Também são consideradas infrações graves a incontinência de conduta e o mau procedimento, que ofendem a dignidade do local de trabalho. Além disso, a revogação do artigo 508 da CLT retira a falta de pagamento de dívidas como justificativa para a justa causa.
Motivos para demissão por justa causa
Entre os principais motivos para demissão por justa causa, estão:
- Ações de improbidade
- Indisciplina
- Desídia
- Violação de segredo da empresa
- Abandono de emprego, considerando faltas superiores a 30 dias

Essas infrações resultam em perdas substanciais para o trabalhador. Além de não ter direito ao seguro-desemprego, o funcionário demitido por justa causa perde a multa de 40% sobre o saldo do FGTS. Mesmo assim, o empregado demitido mantém direitos relacionados ao saldo de salário e férias vencidas, salvo disposições contratuais ou decisão judicial em contrário.
Consequências da justa causa para o trabalhador
A demissão por justa causa traz uma série de consequências significativas para o trabalhador, principalmente no que se refere a direitos e implicações financeiras. Entender essas consequências é vital para que o empregado possa se proteger adequadamente.
Direitos perdidos e implicações financeiras
O trabalhador demitido por justa causa enfrenta a perda de direitos fundamentais que podem impactar sua situação financeira. Essa demissão resulta na exclusão de benefícios como:
- Seguro-desemprego
- Aviso prévio
- 13º salário proporcional
- Férias proporcionais com acréscimo de um terço
- Multa de 40% sobre o saldo do FGTS
Essas implicações financeiras podem criar uma situação delicada para o trabalhador, especialmente em um cenário de dificuldades econômicas. O entendimento das circunstâncias que levam a uma demissão por justa causa, tais como atos de improbidade ou abandono de emprego, é essencial para a prevenção de situações desfavoráveis.
Assessoria jurídica e proteção dos direitos
Diante das complexidades associadas à demissão por justa causa, a contratação de assessoria jurídica se torna uma necessidade. Profissionais qualificados podem oferecer a orientação necessária para garantir que os direitos do trabalhador demitido por justa causa sejam respeitados e, se necessário, atuar em processos judiciais. Uma defesa sólida pode fazer a diferença na reversão de uma demissão considerada injusta, proporcionando ao trabalhador uma chance de reivindicar suas perdas financeiras e outros direitos.
As pessoas também perguntam:
Quanto tempo demora o processo de justa causa?
O tempo para um processo de justa causa pode variar dependendo de vários fatores, como a complexidade do caso, a quantidade de provas, o tribunal e a carga de trabalho do juiz. Geralmente, o processo pode levar de alguns meses a até um ano para ser finalizado. No entanto, é importante lembrar que, em alguns casos, pode ser necessário recorrer a instâncias superiores, o que pode prolongar ainda mais a duração.
O que recebe quando é mandado embora por justa causa?
Quando um empregado é demitido por justa causa, ele perde direitos como aviso prévio, férias proporcionais, 13º salário proporcional e depósitos de FGTS com a multa de 40%. No entanto, ele ainda pode ter direito ao levantamento de valores do FGTS, caso tenha sido demitido de forma incorreta.
Quais direitos perde na justa causa?
Na demissão por justa causa, o empregado perde direitos como aviso prévio, férias proporcionais, 13º salário proporcional e a multa de 40% sobre o saldo do FGTS. Além disso, ele não pode sacar o FGTS, salvo exceções como rescisão irregular ou pedidos específicos.
Conclusão
A demissão por justa causa é um tema complexo e repleto de nuances nas relações de trabalho. Como destacado pelo escritório Vieira Braga Advogados, entender os direitos e deveres envolvidos nesse processo é fundamental para evitar complicações futuras. A ausência de uma orientação jurídica adequada pode resultar em perdas significativas, não apenas para o empregado, mas também para o empregador, que pode enfrentar desafios legais e de reputação.
Trabalhadores demitidos por justa causa enfrentam a perda de direitos essenciais, como aviso prévio e seguro-desemprego, o que pode impactar severamente suas finanças. A atuação de profissionais experientes em Direito do Trabalho, como os advogados da Vieira Braga Advogados, é crucial para garantir a proteção de direitos trabalhistas e a correta condução de conflitos. Existem alternativas à demissão, como a negociação, que podem preservar a relação de trabalho e beneficiar ambas as partes.
Portanto, antes de tomar decisões drásticas, é recomendável buscar consultoria jurídica qualificada. A correta interpretação da legislação trabalhista, combinada com uma abordagem proativa na gestão de conflitos, pode evitar consequências adversas, promovendo um ambiente de trabalho mais saudável e justo.

Links de Fontes
- https://vieirabraga.com.br/como-funciona-a-rescisao-contratual-por-justa-causa/
- https://escritorio.vieirabraga.com.br/advogado-reversao-de-demissao-justa-causa/
- https://www.guiatrabalhista.com.br/guia/justa_causa_empregado.htm
- https://www.migalhas.com.br/depeso/417004/demissao-por-justa-causa-o-que-e-e-como-se-aplica
- https://saberalei.com.br/demissao-por-justa-causa-direitos/
- https://saldanhaadvogados.com.br/justa-causa-no-trabalho-explicacao-consequencias-e-prevencao/
- https://www.trt4.jus.br/portais/escola/modulos/noticias/417408
- https://legale.com.br/blog/justa-causa-no-direito-do-trabalho-implicacoes-e-consequencias/
- https://blog.strategybox.com.br/demissao-por-justa-causa/