Em quais situações cabe mandado de segurança contra tributos?

O mandado de segurança é uma ação constitucional que tem como objetivo proteger os direitos individuais e coletivos contra atos ilegais ou abusivos praticados por autoridades públicas, inclusive em matéria tributária. Na área tributária, o mandado de segurança é amplamente utilizado pelos contribuintes que se sentem lesados por ações ou omissões das autoridades fiscais.

Advogado tributário

Um exemplo comum de uso do mandado de segurança tributário é quando o contribuinte deseja questionar a exigência de determinado tributo ou a forma como ele está sendo cobrado. Nesses casos, o contribuinte, por meio do seu advogado, pode impetrar o mandado de segurança com o objetivo de obter uma decisão liminar que suspenda a cobrança do tributo até que o mérito da questão seja julgado.

Principais destaques

  • O mandado de segurança é um importante instrumento jurídico para a defesa de direitos fundamentais e garantias individuais dos contribuintes
  • Essa ação constitucional é comumente utilizada para questionar a legalidade de atos praticados por autoridades fiscais, como a cobrança indevida de tributos
  • O mandado de segurança tributário deve atender a requisitos específicos, como a comprovação de direito líquido e certo e a presença de ilegalidade ou abuso de poder por parte da autoridade
  • Existem outras ações judiciais mais específicas para contestar a cobrança de tributos, como a ação declaratória e os embargos à execução
  • O prazo para impetrar o mandado de segurança contra tributos é de 120 dias a partir da ciência do ato a ser impugnado

O que é mandado de segurança tributário?

O mandado de segurança tributário é uma importante ferramenta jurídica utilizada por contribuintes para proteger seus direitos líquidos e certos contra ilegalidades ou abusos de poder público cometidos por autoridades fiscais. Essa ação judicial simplificada permite que o contribuinte busque a anulação de débito fiscal, a compensação de tributos pagos indevidamente ou a suspensão da cobrança até que a questão seja julgada definitivamente.

Quando cabe mandado de segurança tributário?

Para que o mandado de segurança tributário seja concedido, é preciso que sejam preenchidos alguns requisitos essenciais:

  1. Direito líquido e certo: deve haver a existência de um direito a ser protegido, com pretensão clara, incontestável e comprovada por meio de documentos ou outras provas.
  2. Ilegalidade ou abuso de poder público: é necessário demonstrar que a exigência do tributo ou a forma como ele está sendo cobrado está em desacordo com a lei ou com os princípios constitucionais, ou que a autoridade fiscal está agindo de forma arbitrária ou abusiva.

Embora muito comum na área tributária, é preciso que não exista outro meio legal mais adequado para garantir a proteção do direito do contribuinte. O mandado de segurança é uma forma mais rápida, em comparação a outros tipos de ações judiciais, de obter uma decisão por ser um rito processual simplificado.

Uma consequência do mandado de segurança tributário é a possibilidade de suspender a cobrança do tributo até que a questão seja julgada definitivamente, o que pode representar um alívio financeiro significativo para o contribuinte durante o trâmite judicial.

mandado de segurança tributário

“Em situações de violação dos prazos administrativos, o mandado de segurança tem sido uma ferramenta recorrente para proteção dos contribuintes contra a inobservância dos prazos estabelecidos pela legislação tributária.”

Mandados de segurança – Tipos e prazos

No âmbito tributário, os mandados de segurança desempenham um papel fundamental na proteção dos direitos dos contribuintes. Existem dois tipos principais de mandados de segurança tributários:

  1. Ação Preventiva: Quando o contribuinte ainda não foi notificado a pagar o tributo, ele pode impetrar um mandado de segurança preventivo para evitar a cobrança indevida.
  2. Ação Repressiva: Neste caso, o contribuinte já recebeu a notificação de cobrança, mas ainda não efetuou o pagamento. Ele pode então recorrer ao mandado de segurança repressivo para contestar a exigência tributária.

De acordo com a Lei nº 12.016/09, o prazo para requerer o mandado de segurança é de 120 dias a contar da ciência do ato a ser impugnado. Este prazo é considerado decadencial, ou seja, não pode ser suspenso, interrompido ou objeto de reconsideração administrativa.

Além do mandado de segurança, o contribuinte também pode optar por outras ações judiciais, como a ação de repetição de indébito tributário, a ação declaratória de inexigibilidade de cobrança tributária com pedido de restituição, entre outras.

O conhecimento detalhado das modalidades e prazos dos mandados de segurança é essencial para os advogados que atuam nessa área do direito tributário, garantindo a efetiva proteção dos direitos dos contribuintes.

Conclusão

O mandado de segurança é uma opção bastante popular entre os contribuintes para questionar a legalidade de uma determinada obrigação tributária. Essa ação judicial apresenta algumas vantagens em comparação com outras medidas judiciais, como a não condenação ao pagamento de honorários advocatícios em caso de indeferimento da causa e a maior rapidez no julgamento pelo Poder Judiciário, por seu procedimento célere e com prioridade de tramitação.

No entanto, a escolha da melhor medida processual para a resolução de conflitos tributários, seja o mandado de segurança, a ação declaratória ou a recuperação judicial de tributos, dependerá da análise do caso concreto realizada pelo advogado, levando em consideração aspectos como a necessidade de produção de provas e as chances de êxito da ação.

Portanto, é essencial que o contribuinte busque orientação jurídica especializada para avaliar as vantagens e desvantagens de cada opção, a fim de adotar a estratégia mais adequada para a defesa de seus direitos e a recuperação de tributos indevidamente recolhidos.

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