Quando a pensão por morte é negada pelo INSS?

A negativa da pensão por morte do INSS é infelizmente muito comum. Entender os motivos por trás dessa negativa e agir corretamente é essencial para garantir esse benefício tão importante em um momento de falecimento. Nesta seção, abordaremos as principais razões pelas quais o INSS pode negar a pensão por morte e as medidas que podem ser tomadas para reverter essa decisão.

Advogado previdenciário

Principais pontos de aprendizado

  • A lei 13.846/2019 exige documentos com no máximo 2 anos antes do óbito para comprovar união estável.
  • Dependentes da Classe 1 (cônjuge/companheiro e filhos) têm dependência econômica presumida.
  • Dependentes das Classes 2 e 3 devem comprovar dependência econômica.
  • Prazos do período de graça para manutenção da qualidade de segurado variam de 3 a 36 meses.
  • A falta de comprovação de incapacidade dos filhos pode levar ao indeferimento da pensão por morte.

O que é pensão por morte e quais os requisitos para obtê-la?

A pensão por morte é um importante benefício previdenciário pago mensalmente aos dependentes de um segurado falecido, seja ele aposentado ou não no momento do óbito. Ela funciona como uma substituição do valor que o falecido recebia a título de aposentadoria ou salário, proporcionando renda mensal vitalícia e amparo familiar aos seus dependentes.

Dependentes com direito à pensão por morte

Os dependentes que têm direito à pensão por morte são divididos em três classes, de acordo com a legislação do Regime Geral de Previdência Social (RGPS):

  • Classe 1: Cônjuge, companheiro(a) e filhos não emancipados menores de 21 anos ou filhos de qualquer idade que sejam inválidos ou tenham deficiência intelectual, mental ou deficiência grave. Nesse caso, a dependência econômica é presumida.
  • Classe 2: Pais do falecido, que devem comprovar a dependência econômica.
  • Classe 3: Irmãos não emancipados menores de 21 anos ou irmãos inválidos ou com deficiência, sendo necessária a comprovação da dependência econômica.

Requisitos para concessão do benefício

Para ter direito à pensão por morte, é necessário que o falecido possua a qualidade de segurado no momento do óbito, ou seja, que ele estivesse trabalhando com registro em carteira ou contribuindo como segurado facultativo ou contribuinte individual. Além disso, o dependente deve comprovar sua relação com o falecido, seja por meio de certidão de casamento, declaração de união estável ou, no caso de pais e irmãos, a dependência econômica.

Principais motivos para negativa da pensão por morte

Embora a pensão por morte seja um benefício importante para amparar os dependentes de um segurado falecido, o INSS pode negar a sua concessão em algumas situações. Alguns dos principais motivos para a negativa da pensão por morte incluem a falta de comprovação da união estável ou casamento, a não comprovação da qualidade de segurado no momento do óbito e a ausência de demonstração de dependência econômica.

Falta de comprovação da união estável ou casamento

Um dos motivos mais comuns para a negativa da pensão por morte é a falta de comprovação da união estável ou do casamento com o falecido. O INSS exige a apresentação de diversos documentos, como certidões, declarações e comprovantes de conta bancária conjunta, para reconhecer a relação do dependente com o segurado. A ausência dessa documentação pode levar à negativa do benefício.

Qualidade de segurado não comprovada

Outro motivo comum para a negativa da pensão por morte é a não comprovação da qualidade de segurado do falecido no momento do óbito. Isso significa que ele deve ter contribuído para o INSS por um período mínimo ou estar dentro do período de graça, que é o tempo em que o segurado mantém seus direitos mesmo sem estar contribuindo. A ausência dessa comprovação pode resultar no indeferimento do pedido.

Dependência econômica não demonstrada

Para os dependentes da classe 2 (pais) e classe 3 (irmãos), é necessário comprovar a dependência econômica em relação ao falecido. A falta de evidências financeiras ou documentais, como declarações de imposto de renda, comprovantes de transferência bancária e pagamento de despesas, pode levar à negativa do pedido de pensão por morte pelo INSS.

Pensão por morte

“Erros ou omissões na documentação apresentada, como documentos incompletos, inconsistentes ou ausência de dados essenciais, são motivos frequentes para a negativa da pensão por morte, atrasando ou impedindo a concessão do benefício.”

Pensão por morte: Como evitar a negativa pelo INSS?

Para evitar a negativa da pensão por morte, é essencial compreender detalhadamente todos os requisitos exigidos pelo INSS. Isso inclui verificar a qualidade de segurado do falecido, a relação de dependência com o requerente e a necessidade de comprovar a dependência econômica para determinados dependentes. Entender esses critérios pode ajudar a prevenir erros e evitar a rejeição do benefício.

Compreender os critérios exigidos

Além de conhecer os requisitos para concessão da pensão por morte, é fundamental apresentar toda a documentação completa e legível. Enviar documentos incompletos ou ilegíveis pode levar à negativa do pedido de pensão por morte pelo INSS. Portanto, é importante revisar cuidadosamente todos os documentos antes de dar entrada no processo.

Apresentar documentação completa e legível

Mesmo após submeter o pedido de pensão por morte, é essencial monitorar o andamento do processo junto ao INSS. Acompanhar o status da solicitação permite responder prontamente a eventuais pedidos de informações ou documentos adicionais, além de identificar possíveis sinais de um possível indeferimento, possibilitando uma atuação imediata.

Monitorar o andamento do pedido

Seguir esses passos pode ajudar a evitar a negativa da pensão por morte pelo INSS, garantindo que o processo seja analisado de forma adequada e o benefício seja concedido aos dependentes do segurado falecido.

Conclusão

A negativa da pensão por morte pelo INSS é uma situação infelizmente muito comum, mas que pode ser evitada ou contestada. Compreender os requisitos, apresentar a documentação completa e acompanhar o andamento do processo são estratégias essenciais para aumentar as chances de aprovação do benefício. Caso o pedido seja indeferido, é possível recorrer administrativamente ou judicialmente, sempre com o apoio de um advogado especializado em direito previdenciário. Dessa forma, é possível garantir o acesso a esse importante auxílio financeiro em um momento tão delicado.

Embora os requisitos para a concessão da pensão por morte possam parecer complexos, é fundamental estar atento a eles e cumprir todas as exigências do INSS. Com o acompanhamento adequado e a apresentação da documentação necessária, é possível superar os desafios e assegurar o recebimento desse benefício tão importante para as famílias brasileiras.

Ao compreender os motivos que podem levar à negativa da pensão por morte e adotar as medidas cabíveis, é possível garantir que os dependentes do segurado falecido tenham acesso a esse auxílio financeiro, minimizando o impacto da perda de um ente querido. Dessa forma, a pensão por morte se torna uma alternativa fundamental para a manutenção do bem-estar e da qualidade de vida daqueles que ficam.

Padrão VieiraBraga

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