Como recorrer contra reajuste abusivo no plano de saúde?

Os altos reajustes dos planos de saúde são uma das maiores preocupações dos consumidores e leva muitos usuários a terem que desistir de ter um plano de saúde ou então contratarem planos mais acessíveis de qualidade inferior. Felizmente, em muitos casos, é possível evitar esta situação por meio de uma ação judicial visando impedir os reajustes abusivos. Para isso, é importante contar com o suporte de um advogado especialista em plano de saúde.

Advogado de direito do consumidor

Os beneficiários idosos são os que mais sofrem, já que em razão da idade, a segurança de um plano de saúde é indispensável, porém pagar por um convênio se torna em muitos casos financeiramente impossível. Diante desse cenário, muitos usuários acabam tendo que cancelar seus planos de saúde por não suportarem o valor das mensalidades.

Principais pontos-chave:

  • Identificar reajustes abusivos no plano de saúde
  • Contestar aumentos excessivos na Justiça
  • Contar com o apoio de um advogado especializado
  • Evitar o cancelamento do plano por aumento insuportável
  • Conhecer os direitos dos usuários de planos de saúde

O que é um reajuste abusivo de plano de saúde?

Os reajustes de mensalidade nos planos de saúde no Brasil seguem regulamentações da Agência Nacional de Saúde (ANS), que estabelece limites e normas para os aumentos anuais em planos individuais e familiares. No entanto, alguns reajustes podem ser considerados abusivos quando extrapolam os índices permitidos pela ANS ou não respeitam as condições do contrato.

Reajustes anuais permitidos pela ANS

O cálculo do reajuste máximo anual é feito considerando 80% do Índice de Valor das Despesas Assistenciais (IVDA) e 20% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Portanto, as mudanças nos valores são medidas, principalmente, pela variação dos custos das operadoras com o paciente a cada ano.

Reajustes por mudança de faixa etária

Outro tipo de reajuste é o que ocorre periodicamente quando o usuário se desloca entre faixas etárias predeterminadas. O maior problema deste tipo de reajuste acontece quando o usuário é idoso, sendo que a partir dos 59 anos, é comum serem aplicados aumentos que ultrapassam 100%.

“A pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) indicou que entre 2013 e 2017, três em cada quatro segurados que ajuizaram ações por reajustes abusivos conseguiram suspender os aumentos excessivos.”

reajuste de plano de saúde

Portanto, um reajuste de plano de saúde é considerado abusivo quando ultrapassa os limites estabelecidos pela ANS ou não respeita as condições do contrato, podendo levar o segurado a buscar soluções com a operadora, órgãos de defesa do consumidor ou judicialmente.

Problemas com planos de saúde: Reajustes abusivos

Os problemas com planos de saúde no Brasil são muitos, com destaque para os reajustes abusivos, especialmente nos planos coletivos por adesão e empresariais. Esses reajustes, que não são controlados pelo governo, chegam a atingir aumentos de 30%, 40% ou até mais em um único ano, sobrecarregando os segurados.

Segundo dados divulgados, 75% dos usuários de planos de saúde que entram com ações judiciais conseguem reduzir o valor da mensalidade do convênio, antes mesmo de pensar em cancelar o plano ou adquirir uma cobertura inferior. Isso evidencia a necessidade de maior transparência e controle das operadoras de saúde na aplicação desses reajustes.

Com a especulação de um reajuste de 25% para 2024, a situação tende a se agravar ainda mais, podendo impactar negativamente na adesão aos planos de saúde e aumentar a dependência do sistema público de saúde. É fundamental que a legislação que rege os planos de saúde seja reformulada para melhor atender às necessidades da sociedade e garantir a sustentabilidade desse importante setor.

Padrão VieiraBraga

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