A imissão na posse é um procedimento jurídico vital na advocacia, utilizado para que o proprietário do imóvel assuma sua posse. Trata-se de um conceito inserido no complexo universo das ações possessórias, sendo um instrumento jurídico que faz com que o proprietário de um imóvel assuma sua posse em situações nas quais está sendo privado por alguma pessoa. O objetivo da imissão da posse é dar ao proprietário do imóvel o uso pleno do bem, para que possa dele livremente fruir. A imissão na posse tem previsão legal no Art. 1.228 do Código Civil e o procedimento está previsto no Art. 554 e seguintes do Código de Processo Civil.

Principais pontos de aprendizado
- A imissão na posse é um procedimento jurídico importante na advocacia.
- O objetivo da imissão da posse é dar ao proprietário do imóvel o uso pleno do bem.
- A imissão na posse tem previsão legal no Art. 1.228 do Código Civil.
- O procedimento da imissão na posse está previsto no Art. 554 e seguintes do Código de Processo Civil.
- A imissão na posse é um instrumento jurídico que faz com que o proprietário de um imóvel assuma sua posse em situações nas quais está sendo privado por alguma pessoa.
O que é imissão na posse e como funciona?
A imissão na posse é um instituto jurídico que permite ao proprietário de um imóvel retomar a sua propriedade em situações nas quais está sendo privado da posse direta por outra pessoa. Essa medida se baseia em um título válido que comprove o direito de propriedade, como um contrato de compra e venda, um testamento ou uma decisão judicial.
Conceito e previsão legal da imissão na posse
O conceito de imissão na posse está intimamente ligado ao próprio conceito de propriedade, conforme previsto no Art. 1.228 do Código Civil. Além disso, o procedimento para a obtenção do mandado de imissão na posse segue o rito das ações possessórias, regulado nos Art. 554 e seguintes do Código de Processo Civil.
Requisitos para a ação de imissão na posse
Para ingressar com a ação de imissão na posse, é necessário seguir alguns requisitos importantes:
- Reunir a documentação necessária, como documentos pessoais, prova de propriedade ou direito de posse, e certidões relacionadas ao imóvel.
- Comprovar a propriedade do imóvel por meio de documentos como contrato de compra e venda, escrituração pública, matrícula do imóvel ou outro documento hábil.
- Comprovar a resistência ou recusa do possuidor atual em desocupar o imóvel.
É comum, nesses casos, a concessão de tutela de urgência, para que seja concedida a imissão na posse do réu, que terá o prazo de 15 dias para responder ao processo.
“A imissão na posse é um instrumento jurídico fundamental para a garantia do direito de propriedade, permitindo ao proprietário retomar a posse do seu imóvel em situações de esbulho ou turbação.”
Advogado especialista em imissão na posse
A diferença entre a imissão na posse e as ações possessórias é fundamental para entender o processo de obter a posse de um imóvel. Enquanto a imissão na posse é uma ação baseada no direito de propriedade, as ações possessórias se fundamentam no direito de posse. Essa distinção é crucial, pois a ação reivindicatória é mais adequada para aqueles que já são proprietários do bem, mas não conseguem sua posse, enquanto a ação de reintegração de posse é utilizada para recuperar a posse de um bem que foi injustamente retirado do possuidor.
Procedimento judicial para obter a imissão na posse
O procedimento judicial para obter a imissão na posse segue etapas específicas:
- Reunir a documentação necessária
- Contratar um advogado especializado
- Elaborar a petição inicial
- Protocolar a ação no fórum competente
- Acompanhar o processo, incluindo a notificação do réu, audiências e produção de provas
- Cumprir a decisão judicial, que pode incluir a expedição do mandado de imissão na posse
- Registrar a decisão no cartório de registro de imóveis, se necessário
Em alguns casos, é possível obter a tutela de urgência com a expedição liminar do mandado de imissão na posse, especialmente em situações envolvendo imóveis arrematados em leilão.

As pessoas também perguntam:
Como é o procedimento de imissão na posse?
O procedimento de imissão na posse começa com a solicitação de um mandado judicial, em que o proprietário ou possuidor de direito requer ao juiz a posse de um imóvel. A solicitação é geralmente feita após o trânsito em julgado da sentença que reconheceu o direito de posse, como em casos de usucapião.
Após a autorização judicial, o oficial de justiça realiza a notificação da parte que ocupa o imóvel, ordenando a entrega do bem ao requerente. Caso haja resistência do ocupante, o juiz pode autorizar a utilização de força policial para garantir a desocupação do imóvel.
A imissão na posse visa assegurar o cumprimento do direito de posse de forma legal, quando o ocupante do imóvel não o reconhece voluntariamente.
O que acontece depois da imissão na posse?
Após a imissão na posse, o novo possuidor começa a exercer plenamente os direitos sobre o imóvel. Isso inclui o uso, venda ou aluguel, conforme o tipo de posse. Se for após usucapião, o próximo passo é registrar o imóvel em seu nome no cartório. Caso haja resistência, pode haver uma ação de remoção.
Quando é cabível a ação de imissão na posse?
A ação de imissão na posse é cabível quando uma pessoa possui direito sobre um imóvel, mas ainda não consegue tomar posse física dele. Isso pode ocorrer, por exemplo, após a compra de um imóvel, em casos de herança ou até mesmo em usucapião, quando a posse é reconhecida judicialmente. O objetivo dessa ação é garantir o direito da pessoa de tomar posse do imóvel e impedir que outras o ocupem indevidamente. Também é usada quando o proprietário não consegue ter acesso ao imóvel devido à ocupação de terceiros, ou ainda quando há uma decisão judicial determinando a entrega do bem.
Quanto tempo leva uma ação de imissão na posse?
O tempo de duração de uma ação de imissão na posse pode variar de acordo com vários fatores, como a complexidade do caso, o volume de processos no tribunal e a resistência da parte contrária. Em casos mais simples, pode levar de 6 meses a 1 ano, especialmente se não houver contestação. Se houver disputas ou necessidade de diligências adicionais, como a desocupação do imóvel, o processo pode se estender por mais tempo, chegando a 2 anos ou mais.
Esses prazos podem ser influenciados pela carga de trabalho do judiciário local e a eficiência das partes envolvidas.
Qual a natureza jurídica da ação de imissão na posse?
A ação de imissão na posse é uma ação possessória utilizada quando alguém tem direito à posse de um imóvel, mas não consegue exercê-la. Ela não questiona a propriedade, mas busca garantir o direito de quem deve ocupar o bem. Essa ação é solicitada para regularizar a posse do imóvel, permitindo que o titular ou possuidor entre efetivamente na propriedade.
Conclusão
A ação de imissão na posse é uma ferramenta jurídica essencial para proprietários de imóveis que estejam sendo privados da posse de seu bem. Essa ação permite que o proprietário legítimo recupere a posse efetiva do imóvel, seja por meio de uma decisão judicial ou de uma tutela de urgência.
Entender os conceitos, requisitos e procedimento da imissão na posse é fundamental para advogados especialistas em imissão na posse e profissionais da área de direito imobiliário. Essa compreensão permite que esses profissionais atuem de forma eficaz na defesa dos direitos de propriedade de seus clientes, evitando conflitos e garantindo o exercício pleno do direito de propriedade.
Portanto, a ação de imissão na posse é uma ferramenta valiosa no campo do direito imobiliário, possibilitando que proprietários legítimos retomem a posse de seus imóveis e resguardem seus direitos de maneira eficiente e legal.
