Os planos de saúde são um importante instrumento de proteção à saúde dos brasileiros. No entanto, as negativas de cobertura por parte das operadoras de planos de saúde são uma das principais reclamações dos usuários. Essas negativas podem ocorrer por diversos motivos, como a falta de indicação médica, a ausência de previsão contratual ou a alegação de que o procedimento é experimental ou desnecessário.
A Lei nº 9.656/98, conhecida como Lei dos Planos de Saúde, estabelece uma cobertura mínima obrigatória para todos os planos de saúde contratados a partir de 1º de janeiro de 1999, incluindo internações hospitalares, tratamentos de doenças e lesões preexistentes, atendimento ambulatorial, entre outros. Porém, as operadoras podem estabelecer cláusulas contratuais que limitem essa cobertura, desde que sejam interpretadas de forma restritiva e não contrariem a legislação vigente.
Principais pontos de atenção
- A Lei nº 9.656/98 estabelece uma cobertura mínima obrigatória para os planos de saúde contratados a partir de 1999.
- As operadoras podem limitar a cobertura por meio de cláusulas contratuais, desde que respeitem a legislação.
- As negativas de cobertura podem causar prejuízos aos usuários, como agravamento da saúde e custos adicionais.
- Os usuários têm a opção de recorrer à ANS ou à Justiça em caso de negativas de cobertura.
- A Justiça pode determinar a cobertura do procedimento negado e indenizar o usuário por danos morais.
Negativas abusivas dos planos de saúde
Os problemas com planos de saúde são uma realidade enfrentada por muitos brasileiros. Uma das questões mais recorrentes é a negação de procedimentos médicos prescritos pelos profissionais de saúde. Essa prática, conhecida como “negativas abusivas”, é considerada ilegal e um desrespeito aos direitos dos consumidores em planos de saúde.
Negativa de tratamento prescrito pelo médico
É abusiva a cláusula contratual que exclui da cobertura do plano de saúde algum tipo de procedimento ou medicamento necessário para assegurar o tratamento de doenças previstas pelo referido plano. O médico responsável pelo acompanhamento do paciente é quem melhor determina qual tratamento é mais seguro e efetivo, não cabendo ao plano de saúde essa decisão.
Justificativa insuficiente: “Não há Previsão no Rol da ANS”
O Rol da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) é uma lista de procedimentos que devem ser obrigatoriamente cobertos pelos convênios. No entanto, o fato de um tratamento ou procedimento não constar nessa lista não significa que a operadora está isenta de cobri-lo. Havendo indicação médica expressa, a negativa de cobertura pelo plano de saúde é considerada abusiva.
Especialistas destacam que a judicialização de planos de saúde tem sido um caminho cada vez mais utilizado por consumidores que enfrentam negativas abusivas. Mesmo diante do elevado número de processos, apenas uma minoria acaba recorrendo ao sistema judiciário, o que representa uma preocupação quanto à efetiva garantia dos direitos dos consumidores em planos de saúde.
“A prática de cancelamentos unilaterais de contratos quando pacientes estão em tratamento ou internados tende a ser revertida na Justiça.”
É essencial que a ANS e o Judiciário ajam com seriedade e agilidade para coibir práticas de descumprimento de decisões judiciais que revertem negativas abusivas das seguradoras de saúde, visando garantir a cobertura de planos de saúde e o atendimento das necessidades médicas dos consumidores.
Problemas com planos de saúde
Os planos de saúde, muitas vezes, enfrentam desafios significativos no atendimento às necessidades de seus beneficiários. Uma das principais queixas é a falta de compreensão sobre as coberturas, levando a despesas inesperadas quando tratamentos não são cobertos – algo que atinge cerca de 43% dos usuários.
Outro problema recorrente são as dificuldades relacionadas ao reembolso de custos de saúde, que ocorrem em aproximadamente 25% dos casos, devido à falta de clareza nos procedimentos de solicitação. Além disso, cerca de 55% dos segurados enfrentam problemas com a demora e a confusão nos processos de reembolso.
A escolha do plano de saúde adequado também se mostra um desafio, uma vez que em torno de 37% dos usuários relatam problemas com a cobertura e acessibilidade dos serviços de saúde oferecidos.
- Negação de cobertura para tratamentos médicos prescritos
- Reajustes abusivos das mensalidades
- Burocracia excessiva nas operadoras de saúde
- Dificuldades no exercício dos direitos do consumidor
- Necessidade de recorrer à justiça para garantir atendimento
Diante desse cenário, a necessidade de resolver problemas com planos de saúde é uma realidade para cerca de 60% dos segurados, evidenciando a importância de estratégias eficazes para lidar com essas questões complexas.
“Aproximadamente 52% dos usuários podem ter situações em que o serviço do plano de saúde não esteja em conformidade com o contrato estabelecido, tornando necessária a ação para garantir a adequação do serviço.”
O conhecimento dos direitos do consumidor se torna essencial, uma vez que cerca de 45% dos beneficiários buscam ajuda jurídica para resolver problemas com planos de saúde, destacando a importância de contar com suporte especializado para garantir a defesa dos seus direitos.
Conclusão
Diante desse cenário complexo, é evidente que os problemas enfrentados pelos usuários de planos de saúde no Brasil requerem atenção urgente. As operadoras têm enfrentado desafios financeiros, o que muitas vezes leva a negativas de cobertura e descredenciamentos, prejudicando a assistência aos beneficiários. No entanto, os direitos dos consumidores em planos de saúde devem ser respeitados, e a judicialização de planos de saúde tem sido uma alternativa cada vez mais utilizada para garantir o acesso aos tratamentos necessários.
O papel da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é fundamental para regular o setor e zelar pelos interesses dos usuários, mas a legislação de planos de saúde também precisa ser aprimorada, de modo a fortalecer os mecanismos de fiscalização e punição às práticas abusivas. Nesse cenário, a atuação de escritórios como a Vieira Braga Advogados tem sido essencial para orientar os consumidores sobre seus direitos dos consumidores em planos de saúde e garantir o acesso aos serviços de saúde.
Em suma, a busca por soluções que equilibrem os interesses das operadoras e os direitos dos consumidores em planos de saúde é um desafio constante, mas vital para a melhoria da assistência à saúde no país. Somente através da cooperação entre os diversos atores envolvidos, da revisão da legislação de planos de saúde e do fortalecimento da fiscalização será possível construir um sistema de saúde suplementar mais justo e eficiente.
Links de Fontes
- https://www.conjur.com.br/2024-fev-04/como-proceder-em-caso-de-negativa-de-cobertura-por-plano-de-saude/
- https://vilhenasilva.com.br/exclusoes-de-coberturas-ou-recusas-de-reembolsos/cobertura-de-plano-de-saude-tratamentos/
- https://www.migalhas.com.br/depeso/266410/plano-de-saude-nao-pode-negar-tratamento-prescrito-por-medico
- https://valor.globo.com/brasil/noticia/2024/03/18/com-temor-de-fraudes-e-negativas-de-cobertura-setor-de-planos-de-saude-precisa-passar-por-revisao.ghtml
- https://medicinasa.com.br/negativas-planos/
- https://vilhenasilva.com.br/o-que-mais-desgasta-a-relacao-entre-plano-de-saude-e-consumidor-no-brasil/
- https://gutembergamorim.com.br/problemas-com-planos-de-saude/
- https://minhoto.com.br/os-6-principais-problemas-inerentes-aos-planos-de-saude/
- https://www.eltonfernandes.com.br/problemas-plano-de-saude
- https://www.cartacapital.com.br/saude/efeito-domino-entenda-a-crise-dos-planos-de-saude-que-tem-prejudicado-beneficiarios/
- https://jornal.usp.br/atualidades/ma-gestao-financeira-coloca-operadoras-de-planos-de-saude-sob-saia-justa/