O descumprimento de medida protetiva é uma questão grave que pode resultar em consequências legais severas, incluindo a prisão. A Lei Maria da Penha e outros marcos legais fornecem a base para essas medidas. Elas visam proteger vítimas de violência doméstica.
A prisão por descumprimento de medida protetiva é uma medida extrema. Ela visa garantir a segurança da vítima e manter a ordem pública. É crucial entender as implicações legais dessas ações para profissionais do direito e o público em geral.

Pontos-chave
- A violação de medidas protetivas pode resultar em prisão.
- A Lei Maria da Penha é fundamental na proteção contra a violência doméstica.
- Medidas protetivas são essenciais para a segurança das vítimas.
- O descumprimento dessas medidas é considerado uma ofensa grave.
- A prisão preventiva visa proteger a vítima e manter a ordem pública.
O que são medidas protetivas e sua importância legal
As medidas protetivas marcam um avanço crucial na legislação brasileira, especialmente no combate à violência doméstica. Elas são essenciais para assegurar a segurança e o bem-estar das vítimas. Assim, representam um salto qualitativo na proteção legal das mulheres.
As medidas de proteção são ferramentas legais projetadas para prevenir a reiteração de violência. Elas estão previstas na Lei Maria da Penha, uma legislação fundamental no enfrentamento da violência contra a mulher.
Tipos de medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha
A Lei Maria da Penha estabelece diversas medidas protetivas para agressores. Destacam-se a proibição de aproximação e a proibição de contato por qualquer meio. Essas medidas visam assegurar a segurança das vítimas.

Processo de solicitação e concessão das medidas
O processo para a obtenção dessas medidas inicia com a apresentação de um pedido pela vítima à justiça. A concessão dessas medidas é fundamentada na avaliação do risco que a vítima enfrenta.
Prazo de validade e renovação das medidas protetivas
As medidas protetivas possuem um prazo de validade estabelecido pelo juiz. Pode haver a renovação delas se necessário, assegurando a proteção contínua da vítima.
Consequências do descumprimento de medida protetiva
O descumprimento de medida protetiva é uma infração grave, conforme a legislação brasileira. Essa medida tem o propósito de proteger a vítima de violência doméstica contra futuras agressões. No entanto, se o agressor não respeita essa medida, as consequências legais são severas e imediatas.
Caracterização do crime de descumprimento
O crime de descumprimento de medida protetiva ocorre quando o agressor, sabendo da medida protetiva, comete novamente atos de violência contra a vítima. Isso abrange desde contato direto até ameaças e outras formas de agressão.
Prisão preventiva e flagrante do agressor
Em casos de descumprimento, a polícia pode prender o agressor em flagrante. A vítima ou testemunhas também podem pedir a prisão preventiva, que será avaliada pela justiça.
Penalidades legais e agravantes
As penalidades para descumprimento de medida protetiva incluem reclusão, com duração variável conforme a gravidade e antecedentes do agressor. Além disso, tal descumprimento pode ser considerado agravante, prejudicando a defesa do agressor em futuros processos.
Como denunciar o descumprimento da medida
A vítima ou testemunhas devem registrar um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima. É essencial também notificar o juizado que concedeu a medida protetiva sobre o descumprimento, para que as medidas legais necessárias sejam adotadas.
Tipo de Descumprimento | Consequência Legal |
---|---|
Contato direto com a vítima | Prisão em flagrante |
Ameaças à vítima | Pena de reclusão |
Violência física ou psicológica | Prisão preventiva e agravantes |
Conclusão
A Lei Maria da Penha é um instrumento legal crucial para a proteção de vítimas de violência de gênero e doméstica. O descumprimento de medidas protetivas de urgência configura-se como crime, sujeitando o infrator a pena de detenção de 3 meses a 2 anos. Compreender as consequências legais desse ato é vital para prevenir a violência e assegurar a segurança das vítimas.
A Lei 13.641/2018 introduziu alterações na Lei 11.340/2006, criminalizando o descumprimento de medidas protetivas de urgência. Essa mudança reflete o compromisso do legislador com a proteção das vítimas de agressão doméstica.
É imprescindível que vítimas e a sociedade estejam informadas sobre seus direitos e as consequências legais para agressores. Conhecer o processo de obtenção e a eficácia das medidas protetivas, bem como as sanções para o descumprimento, é fundamental para uma resposta eficaz contra a violência de gênero.
FAQ – Perguntas frequentes
O descumprimento de medida protetiva pode levar à prisão de 3 meses a 2 anos, conforme o artigo 24-A da Lei Maria da Penha.
Além da pena, o agressor pode responder a outros crimes, como desobediência ou perseguição, dependendo da conduta.
Quando a medida protetiva é descumprida, a autoridade policial pode solicitar a prisão imediata do agressor.
O juiz também pode agravar a situação, dificultando benefícios futuros e aumentando a rigidez das decisões judiciais.
A prisão ocorre quando há indícios de que o agressor desrespeitou a ordem judicial.
Pode ser determinada pela polícia ou pelo juiz, mesmo sem audiência, e não exige reincidência.
A vítima não precisa esperar nova agressão para denunciar o descumprimento.
A pena é de detenção de 3 meses a 2 anos.
Esse crime é autônomo, ou seja, o agressor pode ser condenado mesmo que não haja outra infração penal envolvida.
A pena pode ser agravada se houver reincidência ou outras formas de violência.
