A recusa do inquilino em devolver o imóvel é uma situação que pode gerar estresse e incerteza para os proprietários. Neste cenário, a Vieira Braga Advogados orienta sobre os passos a serem seguidos com base na Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/91), que estabelece normas que regulamentam a locação de imóveis no Brasil e oferece proteção tanto para locadores quanto para locatários. Quando um inquilino não devolve o imóvel após a solicitação do proprietário, diversas medidas legais podem ser tomadas, refletindo os direitos e deveres do locatário e do locador. É essencial entender essa dinâmica para resolver a situação de forma jurídica e eficaz. Este artigo fornecerá orientações práticas e legais, destacando a importância de contar com assessoria jurídica especializada para garantir que os processos sejam conduzidos corretamente.

Principais conclusões
- A Lei do Inquilinato regula os direitos e deveres de locadores e locatários.
- Motivos comuns para a recusa na devolução do imóvel incluem o descumprimento contratual.
- A ação de despejo é uma opção legal em caso de recusa na devolução.
- O prazo para contestar uma ação de despejo é de 15 dias úteis.
- A assessoria jurídica é crucial para o manejo adequado das situações de locação.
Compreendendo o processo de devolução de imóvel
O processo de devolução de imóvel é um aspecto crucial da locação residencial e comercial. A Lei do Inquilinato estabelece diretrizes claras, assegurando tanto os direitos e deveres do locador quanto do inquilino. É fundamental entender como deve ocorrer a devolução imobiliária para evitar conflitos e garantir que ambos os lados cumpram suas obrigações.
O que diz a Lei do Inquilinato sobre a devolução
Segundo a Lei do Inquilinato, o locatário deve notificar o proprietário ou a imobiliária com pelo menos 30 dias de antecedência antes da devolução de imóvel. A entrega deve acontecer imediatamente após o término do prazo de locação, salvo qualquer renovação do contrato. A lei ainda prevê que o locador não pode reaver o imóvel antes do fim do contrato, exceto em casos de inadimplência no pagamento do aluguel.
Direitos e deveres do locador e do inquilino
Os direitos e deveres do locador incluem exigir a entrega do imóvel nas condições ajustadas no contrato. O locatário, por sua vez, deve devolver o imóvel em bom estado, obedecendo às exigências contratuais. É prudente que o locatário faça uma vistoria, registrando o estado inicial do imóvel com fotos, para facilitar a devolução. Além disso, ele deve estar em dia com encargos como luz, IPTU e condomínio, apresentando as três últimas contas quitadas no ato da entrega.
Motivos comuns para a recusa na devolução
A recusa na devolução de imóvel pode ocorrer por vários motivos. Muitas vezes, o locatário pode hesitar em desocupar o imóvel por conta de multas rescisórias ou pela necessidade de realizar reparos que são cobrados na devolução. Questões relacionadas a danos na estrutura, sucateamento ou falta de manutenção também podem complicar o processo. A elaboração de um termo de encerramento e a realização de uma vistoria final são essenciais para formalizar a situação de forma amigável e evitar desentendimentos.
Devolver imóvel: medidas legais a serem tomadas
Quando um inquilino se recusa a devolver o imóvel, é fundamental que o locador esteja ciente de suas opções legais. As medidas legais podem variar, mas normalmente incluem a ação de despejo como uma solução viável. O processo judicial oferece ao proprietário uma maneira de solicitar a reintegração de posse do imóvel por meio do judiciário. Para dar início a essa ação, o locador deve reunir toda a documentação necessária e apresentar evidências que justifiquem a desocupação, que pode ocorrer devido à falta de pagamento ou ao descumprimento do contrato de locação.
Ação de despejo: como iniciar o processo?
A ação de despejo requer que o locador siga alguns passos importantes. Inicialmente, é necessário elaborar uma notificação formal ao inquilino, detalhando as razões para a desocupação. Caso não haja uma resposta ou a situação não se resolva, o proprietário poderá recorrer ao judiciário. É essencial assegurar que todo o processo cumpra as exigências legais, incluindo a apresentação dos laudos de vistoria e outras provas documentais que sustentem o pedido de reintegração.
Negociações e acordos: alternativas ao despejo
Antes de recorrer ao judiciário, o locador pode considerar alternativas ao despejo. Negociações diretas com o inquilino podem resultar em acordos que possibilitem a desocupação amigável do imóvel. Oferecer opções como pagamento parcelado de dívidas ou prazos para a saída pode evitar a judicialização do conflito. Muitas vezes, soluções que contemplem tanto os interesses do locador quanto do locatário podem ser mais vantajosas para ambas as partes.
Importância da orientação jurídica
Buscar orientação jurídica é uma etapa crucial para os proprietários que enfrentam problemas com inquilinos. Um advogado especializado pode fornecer as informações necessárias para conduzir o processo de maneira adequada, orientando sobre as melhores medidas legais a serem tomadas. Além disso, a assessoria profissional ajuda a garantir que os direitos dos locadores sejam respeitados e que todos os procedimentos legais sejam seguidos corretamente.

As pessoas também perguntam:
O que fazer quando o inquilino não quer deixar o imóvel?
Quando o inquilino não quer deixar o imóvel, o proprietário pode entrar com uma ação de despejo. É importante seguir o procedimento legalmente correto, notificando o inquilino com antecedência sobre a necessidade de desocupação e, se necessário, buscar a assistência de um advogado especializado para garantir o cumprimento da sentença. Caso o inquilino persista na recusa, o advogado pode solicitar o mandado de despejo para que a justiça tome as medidas cabíveis para a desocupação do imóvel.
Como tirar um inquilino indesejado?
Para retirar um inquilino indesejado, o proprietário pode iniciar uma ação de despejo. Primeiro, é necessário notificar o inquilino formalmente sobre o desejo de desocupação, de acordo com o prazo estipulado no contrato. Se o inquilino não desocupar o imóvel, o proprietário pode recorrer à Justiça para solicitar a desocupação compulsória. O auxílio de um advogado especializado em direito imobiliário é fundamental para garantir que o processo siga de acordo com a lei e que todas as etapas sejam corretamente cumpridas.
Posso chamar a polícia se o inquilino não quiser sair do imóvel?
Sim, em situações de invasão ou perturbação do imóvel, a polícia pode ser chamada. No entanto, se o inquilino está com contrato vigente e não há razões legais para a desocupação imediata, a polícia não poderá forçá-lo a sair. Nesse caso, o proprietário deve seguir o processo legal de despejo. A polícia pode ser acionada apenas se houver situações de violência ou crimes, mas o despejo em si precisa ser autorizado judicialmente.
Conclusão
Compreender os direitos e deveres que envolvem a relação entre locatário e locador é crucial para evitar conflitos durante o processo de devolução de imóvel. A recusa do inquilino em desocupar o imóvel pode gerar complicações que exigem uma gestão cuidadosa e informada. É essencial que o inquilino informe sua intenção de devolver o imóvel com pelo menos 30 dias de antecedência, conforme estipulado pela Lei do Inquilinato.
Quando surgem impasses, saber como proceder legalmente é fundamental. A ação de despejo, por exemplo, pode ser uma solução necessária, mas deve ser precedida por negociações e uma comunicação clara entre as partes. A assessoria de profissionais, como os de Vieira Braga Advogados, pode se tornar um diferencial na busca por soluções eficazes e rápidas, minimizando o impacto de uma possível disputa judicial.
Por fim, agir de forma proativa e buscar orientação jurídica é indispensável para assegurar que os direitos dos proprietários sejam respeitados e que a devolução do imóvel transcorra de maneira fluída. A prevenção, através de vistorias e contratos bem elaborados, é a melhor estratégia para evitar problemas futuros e garantir uma transação tranquila ao final da locação.

Links de Fontes
- https://vieirabraga.com.br/e-possivel-anular-uma-acao-de-despejo/
- https://vieirabraga.com.br/vieira-braga-advogados-o-que-fazer-se-o-imovel-for-vendido-durante-o-periodo-de-locacao/
- https://blog.inmoveis.com/o-que-e-necessario-na-devolucao-de-um-imovel-alugado/
- https://www.galvaoesilva.com/blog/direito-imobiliario/rescisao-contratual-de-imoveis/
- https://vieirabraga.com.br/como-proceder-com-a-devolucao-do-imovel-comercial-ao-final-do-contrato/
- https://www.99contratos.com.br/artigos/o-que-fazer-quando-o-imovel-e-devolvido-em-condicoes-inadequadas.html?srsltid=AfmBOoqby8oiKMtGc7lfO-q8zDHc8quapNZWUW8s9I5lQ5Ohj0enFQOr
- https://www.machadoemallmann.com.br/devolvo-o-imovel-e-acabou-o-problema-entenda-as-consequencias-de-devolver-um-imovel-financiado
- https://www.99contratos.com.br/artigos/como-devolver-ou-receber-imovel-final-locacao.html?srsltid=AfmBOorvx8OZp4Pb51n4Jk_1dYw1rHCkmkN-e6psHFNkqGVfTEzF7rrU
- https://vlf.adv.br/noticia_aberta.php?id=1071