A ação de imissão na posse é o instrumento jurídico utilizado para dar posse a um novo proprietário que nunca teve posse de um imóvel. Essa ação se baseia no direito de propriedade do imóvel, e não no direito de posse. Ela é necessária sempre que se adquire um imóvel, mas não se tem a posse sobre ele, como nos casos de aquisição de imóvel em leilão em que o imóvel está ocupado por outra pessoa. Nessas situações, o comprador não pode simplesmente expulsar o ocupante, sendo necessária uma ordem judicial, o mandado de imissão na posse, para que o ocupante atual saia. A imissão na posse está prevista no art. 1.228 do Código Civil, que dispõe sobre a faculdade do proprietário de usar, gozar e dispor da coisa.

Principais pontos de aprendizado
- O mandado de imissão na posse é um instrumento jurídico utilizado para dar posse a um novo proprietário de um imóvel.
- Essa ação se baseia no direito de propriedade, e não no direito de posse.
- É necessária quando o imóvel é adquirido, mas não se tem a posse sobre ele, como em casos de aquisição em leilão.
- O comprador não pode simplesmente expulsar o ocupante, sendo necessária a ordem judicial do mandado de imissão na posse.
- A imissão na posse está prevista no Código Civil, que dispõe sobre os direitos do proprietário.
O que é a ação de imissão na posse?
A ação de imissão na posse é um procedimento judicial utilizado para garantir que alguém seja colocado na posse de um imóvel quando há um título de direito de propriedade ou direito real sobre ele. Essa ação se diferencia da ação reivindicatória, pois esta é usada por quem já teve a posse do imóvel, enquanto a ação de imissão na posse é utilizada por quem nunca teve a posse.
Diferença entre ação de imissão na posse e ação reivindicatória
A ação reivindicatória é usada por quem já teve a posse do imóvel, mas a perdeu, para recuperá-la. Já a ação de imissão na posse é utilizada por quem nunca teve a posse, mas possui o título de direito de propriedade ou direito real sobre o bem.
Fundamentos jurídicos da ação de imissão na posse
A ação de imissão na posse está prevista no art. 1.228 do Código Civil, que dispõe sobre a faculdade do proprietário de usar, gozar e dispor da coisa. Portanto, a imissão na posse é essencial para que o proprietário que jamais teve posse de um imóvel passe a detê-la de forma legal, caso não haja um acordo prévio com o proprietário anterior.
Ação de Imissão na Posse | Ação Reivindicatória |
---|---|
Utilizada por quem nunca teve a posse do imóvel, mas possui o título de direito de propriedade ou direito real. | Utilizada por quem já teve a posse do imóvel, mas a perdeu. |
Garante a posse do imóvel a quem possui o título de propriedade ou direito real. | Recupera a posse do imóvel por quem a possuía anteriormente. |
Fundamentada no art. 1.228 do Código Civil. | Fundamentada no direito de propriedade. |

“A ação de imissão na posse é essencial para que o proprietário que jamais teve posse de um imóvel passe a detê-la de forma legal.”
Advogado especialista em direito imobiliário e a imissão na posse
Um advogado especialista em direito imobiliário desempenha um papel fundamental na orientação e condução da ação de imissão na posse. Com seu conhecimento técnico, esse profissional pode ajudar a garantir os direitos do cliente e evitar possíveis prejuízos durante esse processo.
Requisitos para ingressar com ação de imissão na posse
Para ingressar com uma ação de imissão na posse, alguns requisitos devem ser atendidos:
- Ter título de propriedade ou direito real sobre o imóvel;
- Comprovar a posse ameaçada ou violada;
- Esgotar tentativas de acordo amigável;
- Contratar um advogado especialista em direito imobiliário;
- Elaborar a petição inicial;
- Pagar as custas judiciais.
Tutela antecipada e liminar na ação de imissão na posse
Além disso, o advogado especialista em direito imobiliário pode requerer a tutela de urgência, como a concessão de liminar, para que o mandado de imissão na posse seja expedido de forma mais célere. Isso é especialmente importante em casos como a aquisição de imóveis em leilão, por exemplo.
O conhecimento técnico do advogado especialista em direito imobiliário é essencial para garantir os melhores resultados na ação de imissão na posse e evitar possíveis prejuízos ao cliente.

As pessoas também perguntam:
O que acontece depois da imissão na posse?
Após a imissão na posse, o proprietário ou titular do direito sobre o imóvel passa a ter a posse plena do bem, podendo usufruir dele de acordo com a sua finalidade. Caso haja resistência de quem ocupa o imóvel, é possível que a pessoa tenha que desocupar o local, dependendo da decisão judicial. A imissão na posse é um passo fundamental para que o proprietário tenha a posse legalizada e possa exercer seus direitos sobre o imóvel, como realizar obras, alugar ou vender, conforme o caso. Caso o antigo ocupante se recuse a sair, o processo pode envolver a reintegração de posse para garantir a entrega do imóvel ao legítimo proprietário.
Qual o valor de uma ação de imissão na posse?
O valor de uma ação de imissão na posse pode variar conforme o valor do imóvel envolvido e os custos relacionados ao processo judicial, como taxas de registro, custas processuais e honorários advocatícios. Em muitos casos, o valor da causa é estipulado com base no valor de mercado do imóvel, e as despesas podem ser acrescidas ao longo do processo. Além disso, se houver a necessidade de reintegração de posse ou outras medidas, os custos podem aumentar. É importante consultar um advogado para obter uma estimativa mais precisa, considerando as particularidades do caso e a jurisdição local.
Como funciona a ação de imissão na posse?
A ação de imissão na posse é um processo judicial utilizado quando o proprietário de um imóvel precisa tomar posse do bem, mas não consegue devido à ocupação indevida ou outro obstáculo. O proprietário, que detém o direito legal sobre o imóvel, entra com a ação para que o juiz determine a sua posse plena.
O procedimento começa com o ajuizamento da ação, onde o autor (proprietário) deve provar a titularidade do imóvel. Caso o réu (quem está ocupando o imóvel) não tenha direito sobre a posse, o juiz emite uma decisão para garantir a imissão do autor. Se houver resistência do ocupante, podem ser requeridas medidas adicionais, como a reintegração de posse.
Esse processo é importante para regularizar a situação de imóveis que, embora pertencentes a alguém, estão sendo ocupados indevidamente, permitindo ao proprietário retomar o controle sobre o bem.
Quais os requisitos para imissão na posse?
Para ingressar com uma ação de imissão na posse, é necessário comprovar que o autor é o legítimo proprietário do imóvel. Além disso, deve haver algum obstáculo à posse, como ocupação indevida ou resistência do ocupante. O autor também precisa demonstrar que a pessoa que ocupa o imóvel não tem direito à posse. A tentativa de resolução amigável do conflito, embora recomendada, não é obrigatória para iniciar a ação judicial.
Qual a diferença entre ação de reintegração de posse e imissão na posse?
A diferença entre ação de reintegração de posse e imissão na posse está no tipo de situação que cada uma visa resolver. A ação de reintegração de posse é utilizada quando o proprietário ou possuidor é privado de sua posse, ou seja, quando ocorre a perda da posse do imóvel, sendo necessário reavê-la. Já a ação de imissão na posse é utilizada quando o proprietário ou possuidor tem o direito ao imóvel, mas não consegue exercer a posse, geralmente por obstáculos ou resistência do ocupante, necessitando de uma ordem judicial para tomar posse efetiva do bem.
Conclusão
A ação de imissão na posse é um instrumento essencial no direito imobiliário brasileiro, permitindo que proprietários retomem a posse de seus imóveis quando há resistência ou recusa do atual possuidor em desocupá-los. Essa ação se distingue da ação reivindicatória, que é utilizada por quem já teve a posse anteriormente.
Para garantir o sucesso da ação de imissão na posse, é fundamental a orientação de um advogado especialista em direito imobiliário. Esse profissional irá auxiliar na reunião dos requisitos necessários, como a comprovação da propriedade e da posse ameaçada ou violada. Além disso, o advogado pode solicitar medidas de urgência, como a concessão de liminar para a expedição mais rápida do mandado de imissão na posse.
Portanto, o conhecimento técnico do advogado é essencial para assegurar os direitos do proprietário nesse tipo de situação envolvendo a posse de imóvel e o mandado de imissão na posse. Essa ação de imissão na posse se mostra como um importante recurso no âmbito do direito imobiliário.
