Acusado de quebra de contrato de aluguel, como evitar o despejo?

Ser acusado de quebra de contrato de aluguel pode ser um cenário preocupante, pois pode levar a um processo de despejo, que é uma ação legal que obriga o inquilino a deixar o imóvel alugado. No entanto, existem situações em que o inquilino não pode ser despejado, como quando a ordem de despejo apresenta algum tipo de vício normativo ou ilegalidade. Nessas situações, é essencial contar com a orientação de um advogado especializado em direito imobiliário, que pode analisar a ordem de despejo, identificar possíveis irregularidades e ajudar o inquilino a apresentar sua defesa e recorrer da ordem de despejo, quando cabível.

Advogado imobiliário

Principais pontos de aprendizagem

  • Entender as causas comuns que levam a um processo de despejo, como a inadimplência no pagamento do aluguel e o descumprimento de cláusulas contratuais.
  • Conhecer os prazos e notificações exigidos pela Lei do Inquilinato para a execução de uma ação de despejo.
  • Saber como apresentar uma defesa adequada e recorrer da ordem de despejo, caso haja irregularidades.
  • Compreender os direitos e responsabilidades das partes envolvidas, tanto do inquilino quanto do proprietário.
  • Considerar a contratação de uma administradora de imóveis para evitar problemas entre inquilino e proprietário.

Entendendo as causas comuns de despejo

A inadimplência no pagamento do aluguel é uma das principais razões que podem levar a um processo de despejo. Quando o inquilino acumula 2 ou 3 meses de aluguéis em atraso, o proprietário tem o direito de iniciar a cobrança e, posteriormente, entrar com uma ação de despejo. No entanto, o inquilino possui o direito de “purgar a mora”, ou seja, quitar a dívida dentro do prazo de 15 dias após receber a notificação, evitando assim a perda do imóvel.

Descumprimento das cláusulas contratuais

Outro motivo comum que pode desencadear um despejo é o descumprimento de cláusulas contratuais por parte do inquilino, como a realização de danos ao imóvel, alterações sem autorização do proprietário ou a recusa em permitir a vistoria final do imóvel. Nesses casos, o proprietário pode entrar com uma ação de despejo, desde que tenha respeitado os procedimentos legais e as notificações prévias ao inquilino.

É importante ressaltar que a inadimplência e o descumprimento de cláusulas contratuais são as duas principais causas que podem levar a um processo de despejo. Compreender essas causas é fundamental para que tanto locatários quanto locadores possam evitar situações que coloquem em risco o contrato de locação.

Ações de despejo: O processo legal

O processo de despejo segue um rito legal específico, com prazos e notificações que devem ser respeitados. É importante que tanto proprietários quanto inquilinos conheçam seus direitos e deveres nesse contexto para evitar surpresas e conflitos.

Prazos e notificações

Geralmente, o proprietário inicia o processo com uma notificação extrajudicial, dando um prazo de 30 dias para o inquilino desocupar o imóvel. Caso o inquilino não saia, o proprietário pode entrar com a ação de despejo na Justiça. Nessa etapa, o inquilino é citado e tem 15 dias para pagar os débitos pendentes ou apresentar sua defesa. Caso o juiz julgue a ação procedente, será expedida uma ordem judicial de despejo, que deve ser cumprida em até 15 dias.

Apresentando sua defesa

Ainda que o inquilino seja notificado sobre a ação de despejo, ele tem o direito de apresentar sua defesa. Isso pode ser feito com o auxílio de um advogado especializado, que irá analisar a ordem de despejo em busca de possíveis irregularidades, como a ausência de motivos válidos para a remoção ou o não cumprimento dos procedimentos legais. Caso o inquilino consiga provar que a ordem de despejo é inválida, ele poderá evitar a perda do imóvel.

“A média do processo de ação de despejo na justiça comum é de 180 dias, enquanto o processo de arbitragem com a Arbitralis tem uma média de duração de apenas 30 dias.”

processo de despejo

Direitos e responsabilidades das partes envolvidas

A Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/91) define claramente os direitos e obrigações tanto do inquilino quanto do proprietário em um contrato de locação. Enquanto o inquilino tem o dever de pagar o aluguel e cumprir as cláusulas contratuais, o proprietário deve respeitar a inviolabilidade do imóvel e realizar as manutenções necessárias.

Caso alguma das partes descumpra suas obrigações, a outra pode recorrer à Justiça para fazer valer seus direitos, seja o despejo por parte do proprietário ou a anulação da ordem de despejo por parte do inquilino.

  • O inquilino tem o dever de pagar o aluguel em dia e cumprir as cláusulas do contrato de locação.
  • O proprietário deve respeitar a inviolabilidade do imóvel e realizar as manutenções necessárias.

A Lei do Inquilinato estabelece os direitos e responsabilidades de ambas as partes, protegendo tanto o inquilino quanto o proprietário em eventuais questões judiciais relacionadas ao contrato de locação.

Ao compreender seus direitos e obrigações, tanto o inquilino quanto o proprietário podem evitar conflitos e garantir uma locação tranquila e dentro da legalidade.

Conclusão

Evitar um processo de prevenção de despejo requer atenção às obrigações contratuais e legais por parte de ambas as partes. O inquilino deve manter o pagamento do aluguel em dia e cumprir as cláusulas do contrato, enquanto o proprietário deve respeitar os direitos do inquilino e seguir os procedimentos legais corretamente. Caso surjam problemas, a orientação de um advogado especializado em direito imobiliário e a contratação de uma administradora de imóveis podem ser fundamentais para prevenir o despejo e resolver o conflito de forma amigável.

A ação de despejo é um processo complexo, mas que pode ser evitado com o devido cuidado e atenção às obrigações contratuais. Manter uma comunicação aberta e constante entre as partes, além de buscar orientação jurídica quando necessário, são estratégias importantes para prevenir conflitos e garantir o cumprimento dos direitos e deveres de ambas as partes.

Em resumo, a prevenção de despejo requer diálogo, comprometimento e ações preventivas por parte de locadores e locatários, com o apoio de profissionais especializados quando necessário. Dessa forma, é possível evitar os transtornos e os custos envolvidos em um processo de despejo e manter uma relação harmoniosa entre as partes.

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