Como funciona a ação de despejo em contrato de aluguel?

A ação de despejo por falta de pagamento costuma ser a última medida aplicada pelo proprietário do imóvel em caso de inadimplência do locatário, quando o locador percebe que o inquilino não vai colocar os atrasos em dia, nem após cobrança amigável, nem depois de enviar uma notificação prévia alertando a possibilidade de acionamento da Justiça. Se nada resolver, então o proprietário pode recorrer à ação de despejo por falta de pagamento com ajuda de um advogado. Ao receber a petição, o juiz poderá determinar a cobrança dos atrasados e a emissão de uma ordem de despejo, a ser cumprida por um oficial de justiça. Assim que receber a ordem, o inquilino terá um prazo para pagar a dívida e deixar o imóvel.

Advogado imobiliário

Principais pontos de aprendizado

  • A ação de despejo é a última alternativa para proprietários quando o inquilino não paga o aluguel.
  • O processo envolve a emissão de uma ordem judicial de despejo, dando um prazo para o inquilino quitar o débito e desocupar o imóvel.
  • A falta de pagamento é a principal causa que leva a uma ação de despejo, mas outras situações também podem motivá-la.
  • O processo de despejo pode ser demorado, exigindo documentação e acompanhamento jurídico especializado.
  • Existem prazos e ritos legais que devem ser seguidos durante a ação de despejo.

Ações de despejo: O que são e quando são aplicadas?

As ações de despejo são procedimentos jurídicos utilizados pelos proprietários de imóveis para retomar a posse do seu bem quando o inquilino não está cumprindo com os termos do contrato de locação. O principal objetivo dessas ações é cobrar valores em atraso e forçar a desocupação do imóvel.

Situações que podem levar à ação de despejo

Existem diversas situações que podem dar origem a uma ação de despejo, entre elas:

  • Falta de pagamento do aluguel, condomínio, IPTU ou outras taxas relacionadas ao imóvel;
  • Descumprimento do contrato de locação, como modificações não autorizadas na estrutura do imóvel ou mudança de uso da propriedade;
  • Extinção do contrato de trabalho, quando o imóvel foi cedido ao inquilino como parte da remuneração;
  • Irregularidade na garantia locatícia fornecida pelo inquilino.

Essas situações, previstas na Lei do Inquilinato (Lei 8.245/1991), podem levar o proprietário a buscar a retomada do imóvel por meio de uma ação de despejo.

“A alteração legislativa de 2009 (Lei nº 12.112) aumentou de cinco para nove as situações autorizadoras para o despejo liminar.”

O processo de uma ação de despejo

Quando as tentativas de resolver a situação de forma amigável entre proprietário e inquilino fracassam, o passo seguinte é entrar com o processo judicial da ação de despejo. Ao receber a petição, o juiz poderá determinar a cobrança dos valores atrasados e a emissão de uma ordem de despejo, a ser cumprida por um oficial de justiça.

A decisão judicial pode ser tomada de forma liminar, ou seja, de maneira imediata. Nesse caso, o inquilino terá apenas 15 dias para desocupar o imóvel. Caso contrário, ele terá 30 dias após a sentença final para deixar o local.

“Em média, o processo de ação de despejo através da arbitragem costuma durar 30 dias, em comparação com a média de 180 dias na justiça comum, representando uma redução considerável no tempo de resolução.”

Além da agilidade, a arbitragem também pode representar economia de até 80% nos custos do processo, devido à redução de taxas e despesas processuais.

  1. Contratação de um advogado para entrar com o processo judicial de despejo.
  2. Determinação judicial de cobrança dos valores atrasados e emissão da ordem de despejo.
  3. Cumprimento do mandado judicial por um oficial de justiça.
  4. Prazo de 15 dias para desocupação em caso de decisão liminar.
  5. Prazo de 30 dias após a sentença final para deixar o imóvel, caso não haja liminar.
processo judicial de despejo

O processo de ação de despejo envolve etapas importantes que visam garantir o cumprimento da lei e a proteção dos direitos tanto do proprietário quanto do inquilino. A compreensão desse processo é essencial para uma resolução justa e eficiente de conflitos relacionados à locação de imóveis.

Como evitar a ação de despejo como imobiliária?

A melhor forma de evitar uma ação de despejo é fazer uma análise criteriosa do potencial inquilino antes de fechar o contrato de locação. Através de ferramentas como a Alude, é possível obter um relatório completo com informações sobre o histórico de crédito, dívidas, protestos, processos judiciais e mais, ajudando a imobiliária a selecionar locatários com maior chance de cumprir o contrato.

Análise criteriosa do inquilino

Antes de efetuar a seleção de inquilinos, é fundamental realizar uma análise de crédito aprofundada, verificando o histórico do locatário. A ferramenta Alude, por exemplo, oferece um relatório completo de inquilino, fornecendo informações valiosas sobre o potencial locatário, como:

  • Score de crédito
  • Dívidas e protestos
  • Processos judiciais
  • Relacionamentos pessoais e econômicos
  • Telefones e endereços

Com essa análise criteriosa, a imobiliária pode identificar os inquilinos com menor risco de inadimplência e, consequentemente, reduzir as chances de uma ação de despejo no futuro.

“É fundamental que a procuração necessária para dar continuidade à ação de despejo seja enviada pela imobiliária ao escritório de advocacia especializado em despejo dentro do prazo estipulado de 7 dias, para evitar a perda da garantia locatícia.”

Conclusão

As ações de despejo são uma medida legal utilizada por proprietários de imóveis para recuperar a posse de seus bens quando o inquilino deixa de cumprir as obrigações do contrato de locação, especialmente o pagamento do aluguel. Embora seja um processo complexo e demorado, a legislação brasileira prevê diversos casos em que o despejo pode ser aplicado, como a inadimplência, o descumprimento de cláusulas contratuais e a necessidade do proprietário de reaver o imóvel.

Para as imobiliárias, é essencial adotar uma análise criteriosa dos potenciais inquilinos a fim de evitar chegar a essa situação extrema sempre que possível. Além disso, o entendimento das particularidades e implicações legais de uma ação de despejo é fundamental para o proprietário, que deve respeitar o devido processo legal e os prazos estabelecidos pela lei do inquilinato.

Embora a desocupação de imóveis seja uma realidade no mercado imobiliário, a adoção de práticas eficientes de gestão e a construção de relações equilibradas entre locador e locatário podem ajudar a prevenir ou minimizar os conflitos que eventualmente possam levar a uma ação de despejo.

Padrão VieiraBraga

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