Parcelamento de dívida em execução fiscal, como funciona?

A execução fiscal é um procedimento utilizado pelo Estado para a cobrança de créditos tributários e não tributários. Quando uma pessoa ou empresa se vê diante de uma execução fiscal, é essencial buscar alternativas para regularizar a situação e evitar consequências mais diversas. Nesse contexto, o parcelamento da execução fiscal surge como uma estratégia jurídica vantajosa e eficiente, capaz de oferecer ao executado a possibilidade de pagamento parcelado da dívida. Neste artigo, discutiremos os benefícios do parcelamento de execução fiscal e como um advogado especializado pode auxiliar nesse processo.

Advogado tributário

Principais aprendizados

  • O parcelamento de dívidas em execução fiscal é uma estratégia jurídica vantajosa para o devedor.
  • O processo de execução fiscal envolve a cobrança judicial de créditos tributários e não tributários.
  • A atuação de um advogado especializado é essencial para orientar o processo de parcelamento.
  • O parcelamento permite ao devedor regularizar sua situação e evitar consequências mais severas.
  • Entender as etapas e os benefícios do parcelamento é fundamental para uma solução eficaz.

Entendendo a execução fiscal

A execução fiscal é o procedimento legal utilizado pelo Estado para a cobrança de créditos tributários e não tributários não pagos pelos contribuintes. Ela é regulamentada pela Lei de Execuções Fiscais (Lei nº 6.830/80) e envolve diferentes etapas até a satisfação do débito.

O que é uma execução fiscal?

A execução fiscal é o processo judicial instaurado pela Fazenda Pública para a cobrança de dívidas tributárias e não tributárias inscritas em dívida ativa. Esse processo é iniciado com a citação do executado, que é informado sobre a existência da dívida e dos valores a serem pagos.

Etapas da execução fiscal

As principais etapas da execução fiscal são:

  1. Citação do executado
  2. Penhora de bens para garantia do débito
  3. Apresentação de defesa pelo executado (Embargos à Execução ou Exceção de Pré-Executividade)
  4. Avaliação e expropriação dos bens penhorados
  5. Satisfação do crédito tributário

Caso o executado não efetue o pagamento integral da dívida ou não apresente defesa, o processo segue para a fase de penhora de bens, podendo culminar na expropriação dos mesmos. Diante desse cenário, é fundamental buscar alternativas que evitem a adoção de medidas mais drásticas, como o parcelamento da dívida.

“As execuções fiscais representam cerca de 39% do total de casos pendentes de julgamento no país, sendo o principal motivo para a morosidade do Poder Judiciário.”

Os benefícios do parcelamento de execuções fiscais

O parcelamento da dívida em execução fiscal oferece diversos benefícios tanto para o devedor quanto para a administração pública. Essa solução permite a regularização da situação fiscal do contribuinte, evitando a constrição de bens e garantindo a preservação das suas atividades empresariais.

Vantagens para o devedor

Para o devedor, o parcelamento representa uma alternativa financeira vantajosa, pois permite o fracionamento da dívida em parcelas consecutivas, com a possibilidade de redução de juros e multas. Isso facilita o pagamento e evita medidas graves, como a penhora de bens, que poderiam comprometer seriamente a continuidade dos negócios.

Vantagens para o fisco

Do ponto de vista da administração pública, o parcelamento é uma forma de receber os créditos devidos sem a necessidade de adotar medidas mais drásticas. Essa solução preserva a relação entre o Estado e o contribuinte, garantindo o recebimento de créditos devidos e a regularização fiscal de forma mais harmoniosa.

Segundo o procurador-geral Adjunto de Gestão da Dívida Ativa da União e do FGTS da PGFN, é importante elevar conjuntamente a maturidade de todos os entes envolvidos na gestão da dívida ativa para melhorar a recuperação e gestão dos ativos.

Parcelamento de dívida

“O parcelamento da execução fiscal traz diversos benefícios tanto para o executado quanto para a administração pública.”

Dessa forma, o parcelamento de dívidas tributárias representa uma solução vantajosa para ambas as partes, permitindo a regularização fiscal, a preservação de atividades empresariais e o recebimento de créditos devidos, evitando medidas graves e fomentando uma relação mais harmoniosa entre o Estado e o contribuinte.

Como solicitar o parcelamento?

O parcelamento da execução fiscal envolve requisitos e procedimentos específicos que o contribuinte deve seguir. Para iniciar o processo, é necessário que o devedor apresente um requerimento ao órgão responsável pela cobrança, informando seu interesse em parcelar a dívida.

É importante ressaltar que nem todas as execuções fiscais são elegíveis para parcelamento. Por isso, é fundamental a análise individualizada de cada caso por um advogado especializado. Esse profissional poderá verificar a viabilidade do parcelamento e orientar quanto aos documentos necessários e aos prazos prolongados.

O acompanhamento jurídico durante todo o processo de parcelamento da execução fiscal é essencial. Um advogado especializado pode atuar na análise da dívida e das condições de parcelamento, bem como na elaboração do requerimento e na negociação com o órgão responsável. Além disso, ele pode auxiliar na verificação de possíveis erros ou ilegalidades na cobrança, garantindo a defesa dos interesses do executado e evitando pagamentos desnecessários.

  1. Requisitos para o parcelamento da execução fiscal:
  • Saldo devedor superior a R$ 15.000.000,00
  • Possibilidade de parcelamento em até 60 parcelas
  • Valor mínimo da prestação de R$ 100,00 para pessoa física e R$ 500,00 para pessoa jurídica
  • Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (MPEs) optantes do Simples Nacional dispensadas de apresentar garantia
  • Procedimentos para solicitar o parcelamento:
  • Acessar o Sistema de Consulta a Débitos para obter o valor atualizado da dívida
  • Criar uma conta no Portal GOV.BR
  • Preencher o formulário eletrônico de solicitação de parcelamento
  • Finalizar o pedido via Sistema

O parcelamento da execução fiscal é uma alternativa importante para contribuintes que enfrentam dificuldades financeiras. Com o acompanhamento de um advogado especializado da Vieira Braga Advogados, é possível garantir o cumprimento dos requisitos e procedimentos necessários, otimizando as chances de obter o parcelamento e evitando possíveis erros ou ilegalidades no processo.

As pessoas também perguntam:

Qual é o prazo limite para cobrança via execução fiscal?

O prazo limite para a cobrança de uma dívida por meio de execução fiscal é de 5 anos, contados a partir do vencimento do crédito tributário, de acordo com o Código Tributário Nacional. Após esse período, a dívida pode ser considerada prescrita, ou seja, não poderá mais ser cobrada judicialmente. No entanto, a prescrição pode ser interrompida em alguns casos, como quando o devedor realiza um pagamento parcial ou reconhece a dívida. É importante estar atento a esse prazo e buscar orientação jurídica caso haja pendências fiscais.

Qual o efeito do parcelamento na execução fiscal?

O parcelamento da dívida em execução fiscal suspende os efeitos da cobrança, ou seja, a execução fica paralisada enquanto o devedor estiver cumprindo o acordo. Isso significa que o juiz não pode tomar medidas como penhoras ou bloqueios de bens enquanto o parcelamento estiver em andamento e sendo cumprido regularmente. Caso o devedor deixe de pagar as parcelas, a suspensão será levantada, e a execução fiscal será retomada. Além disso, o parcelamento pode evitar a inscrição do débito em outros órgãos de cobrança e possibilitar a regularização da dívida.

Como aderir ao parcelamento da Receita Federal 2024?

Para aderir ao parcelamento da Receita Federal em 2024, o contribuinte deve acessar o site da Receita Federal e verificar se a dívida é passível de parcelamento. Após isso, é necessário preencher o pedido de adesão ao parcelamento, escolher o número de parcelas e o valor da entrada, conforme as condições estabelecidas. O pagamento das parcelas deve ser realizado dentro do prazo estipulado, e, durante o parcelamento, o contribuinte deve manter sua regularidade fiscal. Caso haja dúvidas, é recomendável consultar um contador ou advogado especializado para garantir que o processo seja feito corretamente.

Como fazer acordo em execução fiscal?

Para fazer um acordo em uma execução fiscal, o devedor deve negociar diretamente com a Fazenda Pública ou com o advogado responsável pela cobrança. O primeiro passo é verificar a possibilidade de parcelamento da dívida ou de redução de juros e multas. Em alguns casos, pode-se pleitear um acordo extrajudicial ou até mesmo judicial, dependendo da fase do processo. Após a proposta de acordo, o juiz poderá homologar a negociação. É importante que o devedor tenha toda a documentação necessária e consulte um advogado especializado, pois o acordo deve ser formalizado de acordo com as regras da execução fiscal e garantir a quitação ou regularização da dívida.

Como funciona o parcelamento na execução?

O parcelamento na execução fiscal permite que o devedor pague a dívida em parcelas, suspendo as medidas de cobrança, como penhoras, enquanto o acordo for cumprido. O contribuinte pode negociar o número de parcelas, mas, se houver inadimplência, o parcelamento será cancelado e a execução retomada.

Conclusão

Diante da necessidade de regularização de uma execução fiscal, surge o parcelamento como uma opção jurídica vantajosa e eficiente. Ao permitir o pagamento parcelado da dívida, o executado evita medidas mais drásticas, regulariza sua situação fiscal e preserva suas atividades empresariais. Contar com o auxílio de um advogado especializado é fundamental nesse processo, pois ele poderá analisar a viabilidade do parcelamento, acompanhar o procedimento e garantir a defesa dos interesses do executado.

Portanto, ao se deparar com uma execução fiscal, é recomendável buscar a orientação jurídica de um profissional habilitado, a fim de encontrar a melhor estratégia para resolver a situação de forma adequada e segura. Com o parcelamento da dívida, o devedor tem a oportunidade de regularizar sua situação perante o Fisco, evitando possíveis sanções e preservando sua atividade empresarial.

Em suma, o parcelamento de execuções fiscais se apresenta como uma alternativa vantajosa tanto para o devedor quanto para o Poder Público, permitindo a regularização da situação fiscal e o cumprimento das obrigações tributárias de forma negociada e gradual. Dessa forma, é essencial buscar orientação jurídica especializada para garantir a melhor solução para o seu caso.

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