Quais são os custos envolvidos em uma recuperação judicial?

A recuperação judicial de empresas é um instituto jurídico criado pela Lei 11.101/05 para permitir a reabilitação de empresas em situação de crise econômico-financeira. O objetivo dessa lei é viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira da empresa, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores. Assim, a recuperação judicial busca preservar a função social da empresa e promover o desenvolvimento socioeconômico. No entanto, a condução desses processos gera custos aos participantes, chamados de custos de falência, que podem ser diretos (relacionados ao processo jurídico) ou indiretos (custos de oportunidade).

Advogado empresarial

Principais aprendizados

  • A recuperação judicial é um mecanismo legal para empresas em dificuldades financeiras evitarem a falência.
  • O objetivo é apresentar um plano de recuperação viável para demonstrar aos credores a capacidade da empresa de se reerguer.
  • Apenas empresários e sociedades empresárias podem solicitar a recuperação judicial, com exceções para alguns tipos de empresas.
  • O processo deve ser formalizado por um advogado e inclui a apresentação de documentos contábeis, relação de bens, extratos bancários, lista de credores e o plano de recuperação.
  • A recuperação judicial pode se estender por até dois anos, embora possa ser prolongada com autorização judicial.

Recuperação judicial e falências: Entendendo o processo

A recuperação judicial é um processo essencial para empresas viáveis que enfrentam dificuldades financeiras. Essa ferramenta jurídica permite que essas empresas, por meio da proposição e execução de um plano de recuperação, adotem medidas que lhes garantam a superação da crise e a continuidade de suas atividades.

O que é recuperação judicial?

A recuperação judicial é um instituto da lei falimentar que visa proteger os interesses de todos os agentes envolvidos em uma situação de insolvência empresarial, como devedores, trabalhadores, credores, Fisco e a comunidade local. O objetivo é promover a manutenção das empresas economicamente viáveis, evitando sua quebra.

Como funciona o processo?

O processo de recuperação judicial envolve a proposição de um plano de recuperação pela empresa em crise, que deve ser aprovado pelos credores em assembleia. Após a aprovação, o plano é homologado pelo juiz e a empresa passa a implementar as medidas nele previstas, como renegociação de dívidas, reestruturação operacional e alterações societárias, entre outras. O intuito é permitir a superação da crise financeira e garantir a continuidade da empresa.

“A recuperação judicial é um procedimento destinado a evitar a quebra de empresas em crise financeira.”

recuperação judicial e falências

É importante ressaltar que a recuperação extrajudicial também é uma opção para empresas que enfrentam dificuldades, permitindo a renegociação de dívidas de forma extrajudicial, sem a necessidade de intervenção do Poder Judiciário. Ambos os processos, judicial e extrajudicial, visam a reestruturação de empresas e a superação da insolvência empresarial.

Custos diretos e indiretos envolvidos

O processo de recuperação judicial envolve uma série de custos, tanto diretos quanto indiretos, que podem impactar significativamente o sucesso da reestruturação de empresas em situação de insolvência empresarial. Compreender esses custos é fundamental para minimizar as perdas durante essa jornada.

Os custos diretos estão diretamente relacionados ao processo jurídico, como os honorários do administrador judicial, peritos e custas judiciais. Esses valores podem representar até 26% do ativo inicial da empresa em recuperação, de acordo com estudos realizados.

Já os custos indiretos abrangem os custos de oportunidade, como o tempo e esforço dedicados ao processo, a dificuldade de obtenção de crédito, a queda de receita operacional e o recebimento de dívidas com deságio. Esses custos podem chegar a 47% do valor dos ativos da empresa em processo de falência.

Internacionalmente, os custos diretos em processos de recuperação judicial e falências podem ser substanciais em relação ao valor dos ativos do devedor. No Brasil, há uma carência de estudos locais sobre esses custos, em comparação à pesquisa internacional.

“Compreender os custos da recuperação judicial e falência é fundamental para minimizar as perdas nestes processos.”

Esses custos podem prejudicar o alcance dos objetivos da recuperação judicial, como a superação da crise financeira e a preservação da função social da empresa. Por isso, é essencial que os empresários e assessores jurídicos, como os advogados da Vieira Braga, estejam cientes desses custos ao planejar a reestruturação de empresas.

Conclusão

A recuperação judicial é um importante instrumento previsto na Lei 11.101/05 para permitir a reabilitação de empresas em crise financeira. Seu objetivo é viabilizar a superação da situação de insolvência, preservando a função social da empresa e promovendo o desenvolvimento econômico. Entretanto, o processo de recuperação judicial envolve custos diretos e indiretos que podem ser significativos e prejudicar o alcance desses objetivos.

Portanto, é fundamental que as empresas e credores envolvidos nesse processo tenham conhecimento dos custos envolvidos, como taxas judiciais, honorários de administradores e advogados, e adotem medidas para minimizá-los, a fim de garantir o sucesso da recuperação judicial. A Lei de Falências e Recuperação (Lei 11.101/2005) e suas atualizações, como a Lei 14.112/2020, têm buscado aprimorar a eficácia dessa importante ferramenta de reestruturação empresarial.

Empresas em situação de insolvência empresarial e aquelas interessadas em compreender melhor os custos envolvidos na recuperação judicial podem contar com o apoio de escritórios especializados, como a Vieira Braga Advogados, que possuem expertise nessa área e podem orientá-las durante todo o processo, maximizando as chances de sucesso.

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