A Lei da Recuperação Judicial, estabelecida pela Lei nº 11.101 de 9 de fevereiro de 2005, é um instrumento jurídico fundamental que visa regular a recuperação de empresas endividadas e evitar a falência. Esta legislação tem como principal objetivo proporcionar uma segunda chance para as empresas que enfrentam dificuldades financeiras, permitindo-lhes reerguer-se e preservar empregos. A recuperação judicial é um processo complexo que envolve negociações detalhadas entre a empresa, seus credores e o poder judiciário, com a supervisão de um administrador judicial. Em 2022, foram registrados mais de 5.200 pedidos de recuperação judicial no Brasil, evidenciando a importância crescente desse mecanismo no cenário econômico da atualidade. Além disso, a atualização trazida pela Lei 14.112/20 introduziu novos procedimentos que visam facilitar ainda mais a recuperação das empresas. Portanto, contar com um advogado empresarial especializado, como o escritório Vieira Braga Advogados, pode ser crucial para o sucesso desse processo.

Principais conclusões
- A recuperação judicial é regulamentada pela Lei nº 11.101/05 e atualizada pela Lei 14.112/20.
- O processo deve ser solicitado por empresas com CNPJ e que operam há pelo menos dois anos.
- As empresas têm 60 dias após o deferimento do pedido para apresentar um plano de recuperação.
- Um administrador judicial é nomeado para assegurar a aplicação correta da lei durante o processo.
- O sucesso da recuperação judicial pode preservar empregos e fortalecer a credibilidade da empresa.
O que é a Lei da Recuperação Judicial?
A legislação de recuperação judicial proporciona um meio para que empresas enfrentando dificuldades financeiras possam reestruturar suas dívidas, garantindo a continuidade das operações e a preservação de empregos. O principal objetivo é permitir que a empresa devedora consiga um plano de recuperação viável e, assim, evite a falência. A lei 14.112/20, um marco na legislação brasileira, oferece uma série de atualizações necessárias para atender às exigências do mercado e melhorar os processos existentes.
Definição e objetivos
A recuperação judicial, como definida pela legislação de recuperação judicial, visa proteger a solvência da empresa e os direitos dos credores. Esse procedimento permite à empresa suspender a exigibilidade de dívidas por até 60 dias e renegociar suas obrigações com os credores. Neste contexto, o advogado corporativo desempenha um papel essencial, garantindo que o pedido seja realizado com todos os elementos necessários, como demonstrações contábeis e um plano de recuperação.

Histórico legislativo
A primeira regulamentação da recuperação judicial ocorreu em 2005 com a promulgação da Lei 11.101. Essa legislação trouxe um novo enfoque para a recuperação de empresas, mas, com o passar do tempo, tornou-se evidente a necessidade de atualização. Em dezembro de 2020, a lei 14.112/20 foi promulgada, introduzindo mudanças significativas que visavam aumentar a segurança jurídica e a eficiência do processo. Essas modificações impactaram diretamente o papel do advogado na advocacia consultiva empresarial, pois ampliaram a gama de serviços e orientações que esse profissional pode oferecer aos seus clientes ao longo do processo de recuperação.
Como funciona a recuperação judicial?
O processo de recuperação judicial é um mecanismo essencial para empresas em dificuldades financeiras que buscam evitar a falência. O processo se inicia com a elaboração de um pedido formal ao judiciário, que deve ser acompanhado de documentos como balanços patrimoniais, demonstrações de resultados e fluxos de caixa dos últimos três anos. É fundamental que esse pedido seja feito por um advogado especializado, responsável por assegurar que todos os requisitos legais sejam cumpridos de forma adequada.
Processo de solicitação
Assim que o pedido é deferido, ocorre a suspensão das cobranças, proporcionando um alívio imediato à empresa. Durante essa fase inicial, a empresa deve disponibilizar uma lista detalhada de seus credores, valor das dívidas e prazos de pagamento. Além disso, é apresentada uma descrição das razões que levaram à crise financeira, incluindo tanto fatores internos quanto externos, juntamente com projeções de receitas e despesas futuras.
Fases do processo judicial
O processo de recuperação judicial é dividido em várias fases. Após o deferimento do pedido, um administrador judicial é nomeado para supervisionar o processo. Em seguida, deve ser elaborado um plano de recuperação, que deve ser apresentado ao juiz e aprovado em assembleia de credores. É nesse plano que a empresa pode propor estratégias para cortar custos e reestruturar dívidas, assim como a possibilidade de pagar, nos primeiros cinco anos, apenas um limite definido de dívidas. O cumprimento desse plano é crucial, pois garante a continuidade das operações e a recuperação da saúde financeira da empresa.

Links de Fontes
- https://www.projuris.com.br/blog/recuperacao-judicial/
- https://www.galvaoesilva.com/blog/direito-empresarial/lei-de-recuperacao-judicial/
- https://www.thomsonreuters.com.br/pt/juridico/blog/recuperacao-judicial-papel-advogado.html
- https://hernandezperez.com.br/advocacia-empresarial/entenda-a-recuperacao-judicial-de-empresas/
- https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11101.htm
- https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-que-e-recuperacao-judicial-e-como-solicitar,a250c76f039d3710VgnVCM1000004c00210aRCRD
- https://cmoadvocacia.com.br/recuperacao-judicial-passo-a-passo/
- https://vieirabraga.com.br/como-funciona-a-recuperacao-judicial-e-extrajudicial-na-pratica/
- https://www.bentojradvocacia.com.br/recuperacao-judicial-de-empresas/