Não é preciso entrar em pânico se você precisa realizar uma ação de despejo contra seu inquilino. Em algumas situações, é necessário fazer um boletim de ocorrência para documentar o problema e posteriormente utilizar esse registro em um processo judicial. Nesta seção, explicaremos em quais casos um B.O. é recomendado e como proceder para proteger seus direitos como proprietário.

Principais pontos de aprendizagem
- Entender quando é necessário fazer um boletim de ocorrência para uma ação de despejo
- Conhecer os principais motivos que podem levar a um processo de despejo
- Saber os passos para registrar corretamente um boletim de ocorrência
- Aprender como evitar problemas com inquilinos antes de chegar a uma ação de despejo
- Ficar por dentro das melhores práticas jurídicas para lidar com situações de despejo
Quando é necessário fazer um boletim de ocorrência contra o inquilino?
Em casos de problemas com inquilinos, é fundamental entender quando é necessário registrar um boletim de ocorrência. Isso pode ser crucial para garantir os direitos do proprietário e possibilitar uma ação de despejo.
Inadimplência no aluguel
A falta de pagamento do aluguel é um dos principais motivos para a realização de uma ação de despejo por falta de pagamento. Se as cobranças do proprietário não surtirem efeito, ele pode fazer um boletim de ocorrência e iniciar o processo judicial. Provas como recibos, extratos e notificações de cobrança serão fundamentais nesse caso.
Danos ao imóvel
De acordo com a Lei do Inquilinato, o inquilino deve devolver o imóvel nas mesmas condições em que o recebeu. Caso sejam identificados danos, o proprietário deve notificar o inquilino para que faça os reparos necessários. Se o inquilino não atender à solicitação, o proprietário pode fazer um boletim de ocorrência e abrir um processo judicial para solicitar indenização pelos prejuízos.
Abandono do imóvel
Quando o inquilino desocupa o imóvel sem aviso prévio e o proprietário não consegue entrar em contato com ele, é recomendado fazer um boletim de ocorrência. Esse registro oficial é importante para preservar os direitos do proprietário e permitir a nova locação do imóvel.
Uso do imóvel para fins ilícitos
Caso o inquilino utilize o imóvel para atividades ilegais, como lavagem de dinheiro ou tráfico, o proprietário pode registrar um boletim de ocorrência por uso indevido do imóvel. Provas como denúncias, flagrantes e investigações também devem ser apresentadas.
Furto ou roubo
Se, ao desocupar o imóvel, o inquilino furtar bens do proprietário, como eletrodomésticos ou móveis, o proprietário pode registrar um boletim de ocorrência por furto. É fundamental reunir provas do furto, como notas fiscais, recibos e testemunhas.
“Registrar um boletim de ocorrência é fundamental para preservar os direitos do proprietário e possibilitar uma ação de despejo.”
Advogado para despejo – Passo a passo para fazer o boletim de ocorrência
Antes de iniciar o processo de despejo, é crucial reunir todas as provas necessárias para o boletim de ocorrência contra o inquilino. Isso inclui o contrato de locação, recibos de pagamento, notificações enviadas ao inquilino, fotos, vídeos ou laudos técnicos que comprovem o incidente que motivou o registro.
Escolher a delegacia certa
O próximo passo é decidir onde registrar o boletim de ocorrência. Isso pode ser feito na delegacia mais próxima do imóvel ou até mesmo na delegacia online, se essa opção estiver disponível no seu estado.
Preencher o formulário
Ao chegar à delegacia, preencha o formulário com clareza e objetividade. Informe os dados pessoais, do inquilino, do imóvel e do incidente. Evite emitir opiniões ou julgamentos. Assine o formulário e certifique-se de que todas as informações estão corretas.
Anexar documentos
Anexe cópias dos documentos que respaldam suas alegações, como o contrato de locação, recibos, notificações, fotos, vídeos e outros evidências do incidente. Entregue os documentos ao atendente da delegacia e peça um protocolo de recebimento.
Acompanhar o processo
Guarde o número do B.O. e o protocolo, pois serão essenciais para consultar o andamento do caso. Fique atento ao contato da polícia ou da justiça para esclarecimentos adicionais. Siga as orientações do seu advogado especializado em direito imobiliário e aguarde a decisão final sobre o caso.

Como evitar problemas com inquilinos antes da ação de despejo?
Selecionar o inquilino certo é a chave para evitar problemas futuros. Uma análise de crédito de inquilino minuciosa é essencial para avaliar o perfil do candidato e sua capacidade de pagar o aluguel no prazo. Além disso, verificar referências profissionais e solicitar documentos que comprovem a renda ajudam a garantir que você esteja lidando com um locatário confiável.
Felizmente, existem ferramentas para verificação de inquilino que tornam esse processo muito mais rápido e eficiente. A análise de ficha da Alude, por exemplo, fornece informações detalhadas sobre o histórico de crédito, endereço, empregos anteriores e muito mais em questão de minutos. Isso ajuda a selecionar inquilino com confiança e evitar dores de cabeça posteriormente.
“Uma boa seleção de inquilino é o primeiro passo para prevenir problemas futuros.”
Ao investir um pouco de tempo e esforço na análise de crédito de inquilino e na verificação de referências, você pode aumentar significativamente as chances de ter um locatário responsável e confiável. Isso pode fazer uma grande diferença na prevenção de ações de despejo e na manutenção de um relacionamento positivo entre proprietário e inquilino.
As pessoas também perguntam:
Precisa notificar antes de despejar?
Sim, antes de ingressar com uma ação de despejo, o locador precisa notificar o inquilino. A notificação é uma exigência legal para informar ao inquilino sobre o motivo do despejo e dar-lhe um prazo para regularizar a situação. Dependendo do tipo de inadimplemento, como aluguel não pago ou infrações contratuais, o prazo de notificação pode variar de 15 a 30 dias. O não cumprimento desse passo pode invalidar o processo de despejo.
O que é necessário para entrar com ação de despejo?
Para entrar com uma ação de despejo, é necessário reunir alguns documentos e cumprir certos requisitos legais. Abaixo estão os principais:
- Contrato de Locação: O contrato deve ser apresentado como prova de que existe uma relação locatícia.
- Notificação Prévia: O locador deve notificar o inquilino sobre o inadimplemento (não pagamento de aluguel ou descumprimento de outras obrigações contratuais) antes de entrar com a ação.
- Comprovação de Débitos: No caso de falta de pagamento de aluguel, é necessário apresentar os comprovantes de que o inquilino está inadimplente.
- Boletim de Ocorrência (se necessário): Em algumas situações, como ameaça ou agressão, é possível ser exigido um boletim de ocorrência.
- Justificativa da Falta de Pagamento ou Descumprimento: O locador deve comprovar o motivo do despejo (inadimplência, uso indevido do imóvel, ou outra violação contratual).
Esses elementos são essenciais para que o processo tenha fundamento e possa ser analisado pelo juiz.
Pode fazer BO contra inquilino inadimplente?
Sim, é possível fazer um boletim de ocorrência (BO) contra um inquilino inadimplente, mas isso depende da situação específica. Em casos de inadimplência, o locador geralmente não precisa de um BO para iniciar a ação de despejo, a menos que haja outros fatores, como ameaças, agressões ou situações que envolvam o crime de desobediência ou até mesmo invasão de propriedade.
É necessário notificação para ação de despejo?
Sim, é necessário enviar uma notificação antes de entrar com a ação de despejo, salvo exceções. Essa notificação é uma exigência legal para alertar o inquilino sobre o descumprimento do contrato, como o atraso no pagamento do aluguel, por exemplo. A notificação pode ser feita de forma extrajudicial, ou seja, sem a necessidade de intervenção judicial, e é o primeiro passo para resolver a situação.
O que impede ordem de despejo?
A ordem de despejo pode ser impedida por diversas razões. Algumas das principais incluem:
- Defesa do inquilino: Se o inquilino comprovar que pagou o aluguel, o despejo pode ser cancelado ou suspenso.
- Impossibilidade de cumprimento da ordem: Em casos de dificuldades comprovadas, como doença grave ou dependência econômica, o juiz pode suspender a ordem de despejo.
- Regularização do débito: Se o inquilino pagar os valores devidos (como aluguel atrasado e encargos) durante o processo, a ação de despejo pode ser cancelada.
- Renovação de contrato: Em caso de negociação de novo contrato de locação, o despejo pode ser suspenso.
- Aposentadoria ou pensão: Se o inquilino for idoso ou pensionista, ele pode ter direito a uma proteção especial prevista pela lei.
Esses são apenas alguns exemplos e cada caso depende das particularidades que envolvem o processo judicial.
Conclusão
Ao longo deste artigo, exploramos as situações em que um boletim de ocorrência contra um inquilino é necessário durante a ação de despejo. Compreendemos que a inadimplência no aluguel, danos ao imóvel, abandono e uso do imóvel para fins ilícitos são algumas das principais razões para a abertura de um boletim de ocorrência.
Destacamos também a importância de contar com a orientação de um advogado especializado em despejos para garantir uma resolução eficaz do problema. Além disso, ressaltamos que investir em uma seleção cuidadosa do inquilino pode ajudar a evitar futuros problemas relacionados à ação de despejo e à necessidade de emitir um boletim de ocorrência contra inquilino.
Ao seguir as etapas adequadas e contar com a assessoria jurídica apropriada, você, como proprietário, pode navegar com mais segurança pelo processo de ação de despejo e proteger seus direitos de maneira eficiente.

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