A demissão sem justa causa ocorre quando o empregador rescinde o contrato de trabalho do empregado sem uma falta grave por parte deste. Esta é uma das doze formas de desligamento previstas na legislação trabalhista brasileira e a que mais envolve documentos e procedimentos dentro da empresa. Um trabalhador que passa por esse tipo de desligamento tem direito a uma série de benefícios e garantias, que visam assegurar uma transição justa e a minimização dos danos decorrentes da perda do emprego.

O trabalhador deve ser notificado com no mínimo 30 dias de antecedência ou receber o pagamento correspondente ao aviso prévio. Conforme o artigo 477 da CLT, tem direito a uma indenização paga com base na maior remuneração recebida na empresa. Adicionalmente, há diversas verbas rescisórias e direitos garantidos pela legislação trabalhista brasileira, tais como saldo de salário, férias proporcionais com 1/3 constitucional, décimo terceiro proporcional, multa de 40% sobre o FGTS, seguro-desemprego e saldo do FGTS. Conhecer esses direitos é essencial para evitar litígios e garantir uma transição adequada para os trabalhadores.
Principais pontos
- Demissão sem justa causa é um dos tipos mais comuns de desligamento no Brasil.
- O trabalhador deve ser notificado com antecedência de 30 dias ou receber o pagamento correspondente ao aviso prévio.
- Direitos do trabalhador incluem: saldo de salário, férias proporcionais, 1/3 constitucional, décimo terceiro proporcional, multa de 40% sobre o FGTS, seguro-desemprego e saldo do FGTS.
- A legislação trabalhista brasileira, conforme o artigo 477 da CLT, assegura uma indenização baseada na maior remuneração recebida.
- Conhecimento dos direitos trabalhistas ajuda a evitar litígios e garantir uma transição justa.
O que é demissão sem justa causa e como funciona?
A demissão sem justa causa ocorre quando um empregado é desligado da empresa sem um motivo disciplinar claro. Nesse caso, o empregador deve cumprir com diversas obrigações legais, garantindo certos direitos ao trabalhador. Aqui detalharemos o que é justa causa, o procedimento de demissão por justa causa, e os motivos para demissão por justa causa, destacando as principais nuances da demissão sem justa causa.
Definição de demissão sem justa causa
A demissão sem justa causa é uma modalidade de rescisão contratual onde não há necessidade de o empregador justificar o desligamento do funcionário com um motivo específico. Este tipo de demissão pode ocorrer em diversas situações, como a redução de quadro de funcionários, desempenho insatisfatório ou motivos econômicos. Nela, o empregado tem direito a uma série de benefícios, incluindo saldo de salário, aviso prévio, férias proporcionais com acréscimo de 1/3, décimo terceiro salário proporcional e FGTS com multa de 40%.
Como funciona o processo de demissão sem justa causa?
O procedimento de demissão por justa causa envolve alguns passos essenciais. Primeiramente, o empregador precisa notificar o trabalhador, cumprindo ou indenizando o aviso prévio, que varia de 30 a 90 dias de acordo com o tempo de serviço (podendo ser reduzido a 15 dias por acordo mútuo). Em seguida, é necessário calcular o saldo de salário, que corresponde aos dias trabalhados até a demissão, e o décimo terceiro proporcional, com base no número de meses trabalhados no ano da demissão.

O FGTS, que deve ser depositado mensalmente à razão de 8% do salário do colaborador, deve ter uma multa de 40% paga ao trabalhador em caso de demissão sem justa causa. O prazo para pagamento das verbas rescisórias é de até 10 dias após a notificação de demissão. Além disso, o empregador deve fornecer a documentação da rescisão, detalhando os pagamentos de verbas e descontos.
Principais motivos para demissão sem justa causa
A demissão sem justa causa pode ser motivada por várias razões. Entre os principais motivos para demissão por justa causa, destacam-se:
- Redução de quadro de funcionários – Quando a empresa precisa diminuir seu número de colaboradores.
- Desempenho insatisfatório – Se o empregado não atinge as metas estabelecidas pela empresa.
- Motivos econômicos – Crises econômicas ou financeiras que obrigam a empresa a cortar custos.
- Reorganização interna – Mudanças estratégicas que resultam na eliminação de certas funções.
Importante lembrar que o trabalhador ainda tem direito a solicitar o seguro-desemprego, cuja duração e valor variam conforme o tempo de serviço e a média salarial. A correta execução do procedimento de demissão por justa causa é crucial para garantir todos os direitos do trabalhador.
Justa causa: entendendo as diferenças
A demissão por justa causa envolve um conjunto específico de cenários definidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), nos quais o empregado perde direitos significativos ao ser desligado de seu emprego. Já na demissão sem justa causa, o trabalhador é dispensado sem uma justificativa precisa, mantendo a maioria dos seus direitos rescisórios.
Diferença entre demissão sem justa causa e demissão por justa causa
A rescisão por justa causa resulta de ações consideradas faltas graves, como atos de improbidade, incontinência de conduta, mau procedimento, e condenação criminal, representando cerca de 15%, 10%, e 20% dos casos, respectivamente. Essas causas de justa causa limitam os direitos rescisórios do trabalhador, incluindo a perda do aviso prévio justa causa e do saque do FGTS.
Direitos do trabalhador na demissão sem justa causa
Na demissão sem justa causa, o trabalhador tem direito a um conjunto amplo de benefícios, que incluem:
- Saldo de salário
- Aviso prévio
- 13º salário proporcional
- Férias proporcionais com 1/3 a mais
- Multa de 40% sobre o saldo do FGTS
- Seguro-desemprego
O pagamento dessas verbas deve ser efetuado em até 10 dias corridos após o término do contrato, conforme o artigo 477, §6º da CLT.
Verbas rescisórias e direitos garantidos
As verbas rescisórias na rescisão por justa causa são consideravelmente reduzidas. O trabalhador só tem direito ao saldo de salário e às férias vencidas. Esse contraste reflete a gravidade das ações que configuram as causas de justa causa, como lesões à honra do empregador (8% dos casos) e práticas de negociação habitual sem autorização (5% dos casos).
A demissão sem justa causa oferece uma proteção financeira e de direitos muito mais robusta, assegurando que o trabalhador possa enfrentar o período de transição até encontrar um novo emprego com mais segurança.
As pessoas também perguntam:
Como funciona a nova lei de demissão?
A nova lei de demissão estabelece regras que priorizam acordos entre empregado e empregador, permitindo rescisões consensuais, com pagamento proporcional de verbas rescisórias e manutenção de direitos básicos, como FGTS e seguro-desemprego.
Como ser demitido com todos os direitos?
Para ser demitido com todos os direitos, o empregado deve ser dispensado sem justa causa. Isso garante aviso prévio, saldo de salário, férias proporcionais, 13º proporcional, saque do FGTS com multa de 40% e acesso ao seguro-desemprego.
Como funciona o aviso prévio em caso de demissão sem justa causa?
O aviso prévio em demissão sem justa causa pode ser trabalhado ou indenizado. No trabalhado, o empregado cumpre até 30 dias, com direito à redução de 2 horas diárias ou 7 dias corridos. No indenizado, o empregador paga o período sem necessidade de trabalho.
Conclusão
Compreender as diferenças entre demissão sem justa causa e demissão por justa causa é vital para todo trabalhador brasileiro. A demissão sem justa causa garante um leque de direitos que visam proteger o empregado, tais como o aviso prévio e a multa sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Em contrapartida, a demissão por justa causa, como abordado no artigo, retira do empregado grande parte das verbas rescisórias, afetando significativamente sua situação financeira.
O conhecimento dessas modalidades e suas consequências, como bem exemplificado pelas penalidades descritas no artigo 482 da CLT, é essencial para evitar surpresas desagradáveis e garantir que tanto empregadores quanto empregados estejam cientes de seus direitos e deveres. Empresas como a Vieira Braga Advogados podem fornecer o suporte jurídico necessário para esclarecer dúvidas e assegurar que todas as ações sejam realizadas conforme a legislação trabalhista vigente.
Por fim, a promoção de um ambiente de trabalho justo e transparente, investindo em capacitação e políticas de comunicação claras, pode prevenir incidentes que levam à demissão por justa causa. Evitar essa situação é benéfico para ambos os lados, pois mantém a harmonia no ambiente de trabalho e reduz o número de disputas legais. Nas situações em que a rescisão é inevitável, é crucial contar com a orientação de especialistas como os da Vieira Braga Advogados, para garantir que os direitos de todos sejam respeitados.

Links de Fontes
- https://www.pontotel.com.br/demissao-sem-justa-causa/
- https://www.migalhas.com.br/depeso/416689/entendendo-os-direitos-na-demissao-sem-justa-causa
- https://meutudo.com.br/blog/demissao-sem-justa-causa/
- https://flashapp.com.br/blog/admissao-e-demissao/demissao-sem-justa-causa
- https://blog.contaazul.com/demissao-sem-justa-causa-tudo-que-sua-empresa-precisa-saber/
- https://blog.convenia.com.br/demissao-sem-justa-causa/
- https://www.guiatrabalhista.com.br/guia/justa_causa_empregado.htm
- https://ivofpmartins.com.br/entenda-a-diferenca-entre-justa-causa-e-dispensa-sem-justa-causa/
- https://www.salemadvogados.com/qual-a-diferenca-entre-demissao-por-justa-causa-e-sem-justa-causa/
- https://www.trt4.jus.br/portais/escola/modulos/noticias/417408
- https://saldanhaadvogados.com.br/justa-causa-no-trabalho-explicacao-consequencias-e-prevencao/