Violência obstétrica acontece durante a gravidez, o parto e o período seguinte ao nascimento. Afeta 1 em cada 4 mulheres no Brasil, ou seja, 25% das grávidas. Essa violência vai de críticas negativas a atos médicos sem permissão da mulher.
Um ato comum é a Manobra de Kristeller, prática sem base científica e muitas vezes feita sem explicações claras. Acontece tanto em hospitais públicos quanto privados, mostrando que todas as mulheres podem ser vítimas.
Para evitar essas situações, é importante se informar bem e preparar um Plano de Parto detalhado. Este plano ajuda a comunicar seus desejos à equipe médica, garantindo um atendimento respeitoso. Para denunciar, use serviços como a Defensoria Pública, Disque Saúde (136) e Disque Violência contra a Mulher (180).

Principais pontos a serem lembrados:
- Aproximadamente 25% das mulheres no Brasil sofrem violência obstétrica.
- A violência pode ser tanto física quanto psicológica.
- O Plano de Parto é uma ferramenta essencial para prevenir a violência obstétrica.
- Hospitais públicos e privados podem ser palco de violência obstétrica.
- Canais de denúncia incluem Defensoria Pública, Disque Saúde (136) e Disque Violência contra a Mulher (180).
O que é violência obstétrica
Acontece quando os direitos da mulher não são respeitados. Isso pode ocorrer durante a assistência obstétrica e inclui abusos físicos, verbais e psicológicos. É mais frequente do que muitos pensam nos partos em hospitais. No Brasil, o número de cesarianas está acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde, o que eleva os riscos para mães e bebês.
Um exemplo disso é a episiotomia feita sem necessidade ou permissão. Também, o mau uso de ocitocina e a manobra de Kristeller são abusivos. Essas práticas mostram a necessidade das mulheres conhecerem seus direitos e de terem poder sobre seu parto.
Os momentos do parto e pós-parto são quando mais ocorrem essas violências. Desde 2005, a mulher tem o direito a um acompanhante, pela Lei do Acompanhante. A Rede Cegonha, desde 2011, busca um atendimento ao parto mais humano e seguro no país.
A ANS, com a Resolução nº 368/2015, busca encorajar o parto normal e reduzir as cesáreas sem necessidade. Mesmo assim, 25% das mulheres brasileiras sofrem violência obstétrica. Isso mostra a urgência em lidar com as causas desse problema e promover uma saúde mais justa para as mulheres.
Para combater a violência obstétrica, é possível denunciar. As denúncias podem ser feitas nas secretarias de saúde ou pelos Conselhos Regionais de Medicina e Enfermagem. Também pelos números 136 (Disque Saúde) e 180 (Central de Atendimento à Mulher). Conhecer esses canais é essencial para que as mulheres possam lutar contra a violência.
Exemplos de violência obstétrica
No Brasil se mostra de várias formas. Muitas vezes, acontece sem que a gestante concorde, afetando sua liberdade e saúde. Vamos ver alguns exemplos dessa prática negativa.
Procedimentos sem consentimento
Um procedimento feito sem permissão é a manobra de Kristeller. Nela, o abdômen da mulher é pressionado durante o parto. Isso pode ser feito sem base científica, causando danos à mãe e ao bebê. Outro método questionável é a episiotomia sem real necessidade, trazendo dor e riscos. Em 2021, Shantal Verdelho expôs que sofreu violência obstétrica, incluindo ofensas e invasão de privacidade pelo médico.

Atitudes desrespeitosas
Comportamentos desrespeitosos também são um tipo de violência obstétrica. Gritar, xingar e não dar informações importantes pode machucar muito a gestante, deixando traumas psicológicos. Em 2019, a Febrasgo criou regras para evitar esses problemas. Elas sugerem que a mulher seja internada numa fase específica do parto e possa ter alguém com ela. Isso ajuda a tornar o atendimento mais gentil e respeitoso.
Esses casos mostram uma realidade triste e a importância de lutar contra tais práticas ruins na obstetrícia. É fundamental que nos unamos para defender os direitos das gestantes, buscando um tratamento mais humano e respeitoso.
Como prevenir a violência obstétrica
Para evitar a violência obstétrica, é essencial que o parto seja humanizado e respeitoso. Ter informação correta e planejar com antecedência são passos importantes. As futuras mães devem conhecer seus direitos e as melhores práticas para o parto. Isso inclui fazer um plano de parto e escolher um lugar que promova o parto humanizado.
Informação e planejamento
Conhecer os direitos da gestante é crucial. A Portaria 415/14 do Ministério da Saúde garante a presença de um acompanhante durante todo o processo do parto. Fazer um plano de parto que inclua seus desejos ajuda a evitar intervenções que não são necessárias. Assim, o parto será respeitoso e de acordo com o que você espera.
Dicas para uma assistência humanizada
Segue algumas dicas para uma experiência de parto humanizada:
- Escolha uma maternidade ou hospital conhecido por seguir práticas humanizadas e que respeite seu plano de parto.
- Considerar ter uma doula ao seu lado. Ela pode dar suporte emocional e físico durante o parto.
- Garanta que seu acompanhante esteja informado sobre seus desejos para o parto.
- Conheça os procedimentos do local escolhido para o parto. Discuta suas preferências com os médicos antecipadamente.
Tomar essas medidas diminui o risco de violência. Além disso, essas ações promovem um parto seguro e positivo. Em um país onde só 50% das mulheres têm partos seguindo boas práticas, é muito importante promover o parto humanizado.
Conclusão
A violência obstétrica é muito séria e precisamos agir rápido. No Brasil, alguns procedimentos como a manobra de Kristeller e a episiotomia acontecem muito, mesmo sem a mulher concordar. Muitas mulheres também são tratadas mal na hora do parto. Isso é ruim para a saúde física e emocional delas.
É importante educar e prevenir para respeitar as mulheres grávidas. Profissionais da saúde devem aprender sobre parto humano. Isso dá mais controle para as mulheres sobre o corpo delas. Ajuda a terem um atendimento mais respeitoso.
As mulheres que sofreram violência obstétrica devem denunciar. Isso ajuda a mudar as coisas. As leis devem apoiar o parto humanizado e respeitar a gestante. Todos nós devemos lutar contra a violência obstétrica para proteger as mulheres.

Links de Fontes
- https://www.commadre.com.br/voce-sabe-o-que-e-violencia-obstetrica-e-como-denunciar/
- https://lunetas.com.br/violencia-obstetrica-2/
- https://mpsc.mp.br/campanhas/violencia-obstetrica
- https://blog.memed.com.br/violencia-obstetrica-o-que-e/
- https://www.defensoria.sp.def.br/documents/20122/f60e278a-4bd2-0094-2917-e9fc0c74d310
- https://www.tjrj.jus.br/web/portal-conhecimento/noticias/noticia/-/visualizar-conteudo/5736540/6748322
- https://g1.globo.com/saude/noticia/2021/12/12/violencia-obstetrica-o-que-e-como-identificar-e-como-denunciar.ghtml
- https://www.saopaulo.sp.leg.br/mulheres/voce-sabe-o-que-e-violencia-obstetrica/
- https://direitodela.com.br/violencia-obstetrica-o-que-e-como-se-prevenir-e-como-denunciar-caso-seja-vitima/
- https://saude.abril.com.br/medicina/violencia-obstetrica-o-que-e
- https://www.scielo.br/j/psoc/a/J7CMV7LK79LJTnX9gFyWHNN/?lang=pt
- https://www.scielo.br/j/csc/a/66HQ4XT7qFN36JqPKNCPrjj/
- https://www.as.saude.ms.gov.br/wp-content/uploads/2021/06/livreto_violencia_obstetrica-2-1.pdf