Quais as causas mais comuns de uma ordem de despejo?

Você já se imaginou tendo que sair da sua casa em poucos dias por causa de uma ordem de despejo? Essa é uma situação que pode acontecer com qualquer pessoa que mora de aluguel e que, por algum motivo, não cumpre com as obrigações do contrato. Neste artigo, vamos responder a perguntas importantes sobre esse tema, como o que é uma ordem de despejo, o que diz a lei sobre esse assunto, como funciona o processo de despejo, quais são os motivos que podem levar a essa medida, quais são as responsabilidades legais dos envolvidos e quais são os direitos de quem recebe essa ordem.

Advogado imobiliário

Principais pontos de aprendizagem

  • As principais causas de uma ordem de despejo são o não pagamento do aluguel, o descumprimento de cláusulas contratuais e a necessidade do proprietário em utilizar o imóvel.
  • Existem situações em que o inquilino não pode ser despejado, como no caso de deficiência física ou mental, idade avançada ou contratos de aluguel com cláusula de continuidade.
  • O processo de despejo envolve a notificação do inquilino e pode levar de 15 a 30 dias após a decisão judicial, com possibilidade de recurso.
  • Tanto o locador quanto o locatário têm responsabilidades legais durante o processo de despejo, incluindo o cumprimento de obrigações contratuais e a boa-fé.
  • É importante conhecer os direitos e recorrer à assistência jurídica caso enfrente uma situação de despejo injusta ou ilegal.

O que é uma ação de despejo e o que diz a lei?

A Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/91) é a legislação específica que rege os contratos de locação de imóveis urbanos no Brasil. Essa lei estabelece os motivos que podem levar a uma ação de despejo, como a falta de pagamento do aluguel ou dos encargos da locação, o descumprimento de cláusula contratual, a denúncia vazia, a necessidade do imóvel para uso próprio, a realização de consertos urgentes, a extinção do contrato de trabalho vinculado à locação e a morte do locatário sem deixar herdeiro legítimo ou fiador.

Motivos para despejo: O que diz a lei?

A falta de pagamento do aluguel e outros encargos é um dos principais motivos que podem levar a uma ação de despejo. Isso inclui valores do aluguel, condomínio, IPTU, água, luz, gás e outras despesas relacionadas à locação. A ação de despejo por falta de pagamento é um processo judicial previsto na Lei do Inquilinato.

Quando o inquilino não pode ser despejado?

Apesar de existirem vários motivos que podem levar a uma ordem de despejo, há também situações em que o inquilino não pode ser despejado, mesmo que o locador queira. Essas situações são quando o inquilino é portador de deficiência ou tem mais de 60 anos de idade, e não tem outro imóvel para morar; quando o contrato de aluguel é por tempo determinado e há cláusula de vigência em caso de alienação do imóvel; e quando o inquilino é funcionário público ou militar e está ocupando o imóvel em razão do cargo ou do serviço.

“Especialistas recomendam esgotar todos os meios amigáveis antes de ingressar com uma ação de despejo.”

Ações de despejo: Principais causas e o processo legal

O processo de despejo é um procedimento legal complexo, que envolve diversos passos e pode ter diferentes desfechos. Entender as principais causas que levam a uma ação de despejo e como se dá o processo legal é fundamental para proteger os direitos tanto do locador quanto do locatário.

Como é o processo de despejo?

O processo de despejo geralmente começa com a notificação do inquilino pelo locador ou pela imobiliária, que pode ser extrajudicial ou judicial. Se o inquilino não cumprir a notificação no prazo estabelecido, o locador pode entrar com uma ação de despejo na justiça, apresentando provas do seu direito e dos fatos alegados. O inquilino será citado para apresentar sua defesa em até 15 dias. Se o juiz julgar procedente a ação de despejo, ele emitirá uma ordem de despejo, determinando o prazo para o inquilino sair do imóvel. O inquilino ainda pode recorrer da sentença judicial, mas isso não suspende a ordem de despejo, a menos que ele deposite em juízo o valor dos aluguéis e encargos vencidos e vincendos.

Como anular uma ordem de despejo?

Se você recebeu uma ordem de despejo e acredita que ela é injusta ou ilegal, você pode tentar anulá-la na justiça. Para isso, você precisa contratar um advogado especializado em direito imobiliário, verificar se há algum vício ou irregularidade no processo de despejo, entrar com um recurso na justiça, pedindo a anulação da ordem, e aguardar o julgamento do recurso pelo tribunal superior. O recurso não suspende a ordem, a menos que você deposite em juízo o valor dos aluguéis e encargos vencidos e vincendos.

processo de despejo

“A principal causa de ações de despejo é o atraso ou falta de pagamento pelo locatário dos valores dos aluguéis e demais taxas inerentes ao imóvel locado.”

Responsabilidades legais do locador e locatário

Em um processo de despejo, tanto o locador quanto o locatário possuem responsabilidades legais a serem cumpridas. O locador deve respeitar os direitos do inquilino, cumprir as formalidades legais e agir de boa-fé, além de arcar com as custas judiciais e os honorários advocatícios, a menos que seja beneficiário da justiça gratuita ou que o inquilino seja condenado a pagar essas despesas.

Por sua vez, o locatário deve cumprir as obrigações do contrato, pagar os aluguéis e encargos em dia, devolver o imóvel nas mesmas condições em que o recebeu, indenizar o locador pelos danos causados e pagar uma multa rescisória proporcional ao tempo restante do contrato, se houver.

  1. Não pagamento do aluguel e encargos da locação (configura inadimplência e pode resultar em ação de despejo).
  2. Morte do locatário sem deixar herdeiros para assumir o contrato de locação.
  3. Descumprimento de acordos mútuos firmados entre locador e locatário.
  4. Utilização do imóvel pelo proprietário, seu cônjuge, ascendentes ou descendentes.
  5. Término da locação por temporada, o locatário deve desocupar o imóvel no prazo acordado.
  6. Reparações urgentes no imóvel que impeçam sua habitabilidade.
  7. Término do prazo da locação não residencial, caso o contrato não seja renovado.

“A Lei do Inquilinato, conhecida como Lei nº 8.245, regulamenta aluguéis residenciais e comerciais, prevendo direitos e deveres de locadores e locatários.”

A legislação brasileira, através da Lei do Inquilinato, estabelece os direitos e deveres tanto do locador quanto do locatário durante um processo de despejo. Cabe ao locador respeitar os direitos do inquilino e arcar com as custas judiciais, enquanto o locatário deve cumprir suas obrigações contratuais e indenizar eventuais danos.

Conclusão

Uma ordem de despejo é uma medida drástica que pode afetar a vida de muitas pessoas. Por isso, é importante conhecer os seus direitos e deveres como locador ou locatário, e tentar evitar ao máximo essa situação. O ideal é sempre manter um bom relacionamento entre as partes, cumprir as cláusulas do contrato e negociar eventuais problemas de forma amigável.

Caso você esteja passando por um processo de ação de despejo ou tenha alguma dúvida sobre esse assunto, procure a orientação jurídica de um advogado especializado em direito imobiliário, como os profissionais da Vieira Braga Advogados. Eles poderão esclarecer as suas questões e defender os seus interesses na justiça, ajudando a evitar desgastes desnecessários.

Entender as causas e o processo legal de uma ação de despejo é fundamental para evitar surpresas desagradáveis. Com o conhecimento adequado e o apoio de profissionais qualificados, é possível encontrar soluções que preservem os direitos de todas as partes envolvidas.

Padrão VieiraBraga

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