De acordo com a Lei nº 11.343/2006, a posse para consumo pessoal de substâncias entorpecentes (drogas) é considerada crime no Brasil. Embora não haja pena de prisão para quem é apenas usuário, o indivíduo poderá responder pelo crime de posse de drogas para consumo pessoal. Nesse caso, a pessoa não será presa, apenas encaminhada para o Juizado Especial Criminal, onde poderá fazer um acordo (transação penal) ou, caso não concorde, responder a um processo criminal.

A lei também proíbe conduta relacionada ao tráfico de drogas, como portar, importar, adquirir, transportar, entregar ou oferecer a terceiros substâncias entorpecentes, sendo esse crime punido com penas mais graves, de 5 a 15 anos de prisão e multa. Portanto, é crucial a atuação de um advogado criminalista para garantir os direitos do indivíduo em caso de acusações relacionadas ao porte de drogas.
Principais pontos de aprendizado:
- A posse para consumo pessoal de drogas é considerada crime, mas não há pena de prisão
- O indivíduo será encaminhado ao Juizado Especial Criminal para possível acordo ou processo
- O tráfico de drogas é punido com penas mais severas, de 5 a 15 anos de prisão
- A presença de um advogado criminalista é essencial para garantir os direitos do indivíduo
- É fundamental conhecer a legislação e os procedimentos legais em casos de prisão em flagrante por porte de drogas
O que é considerado porte de drogas?
No Brasil, a posse de drogas para consumo pessoal não é considerada crime, mas sim uma contravenção penal. Isso significa que a punição pode variar de acordo com diversos fatores, como a quantidade e o tipo da droga, o histórico criminal do indivíduo e as circunstâncias da posse.
Diferenciando porte para consumo pessoal e tráfico de drogas
A diferença básica entre o porte para consumo pessoal e o tráfico de drogas está na finalidade da conduta praticada pela pessoa. Para responder por posse de drogas para consumo pessoal, deve ser provado que as drogas eram destinadas exclusivamente ao consumo próprio do agente. Caso contrário, a conduta será enquadrada como tráfico de drogas, com penas que variam de 5 a 15 anos de prisão, além de multa.
O juiz analisará circunstâncias como a natureza e a quantidade de droga apreendida, o local e as condições em que ocorreu a apreensão, as circunstâncias sociais e pessoais, bem como a conduta e os antecedentes do agente para determinar se a droga era para consumo pessoal.
“É essencial contar com um advogado especializado em direito criminal para casos de porte de drogas, pois ele desempenha um papel fundamental na defesa em todas as fases do processo legal.”
O debate sobre o porte de drogas envolve questões de saúde pública, tratamento de dependência, tráfico ilegal e direitos individuais, desafiando paradigmas e buscando soluções eficazes e humanas.
Advogado criminalista: Defesa em casos de acusação de porte de drogas
Quando um indivíduo é acusado de porte de drogas, contar com a assistência de um advogado criminalista experiente é fundamental. Esse profissional poderá garantir os direitos do acusado e construir uma defesa sólida, analisando detalhadamente as circunstâncias do caso, como a quantidade e tipo de droga apreendida, o local da abordagem e as condições pessoais do indivíduo.
Com base nessas informações, o advogado criminalista pode argumentar se a situação configura porte para consumo pessoal ou tráfico de drogas, buscando evitar consequências mais graves. Além disso, o advogado pode orientar o cliente sobre os próximos passos do processo criminal e as medidas administrativas aplicáveis.
É importante ressaltar que a Lei de Drogas (Lei n. 11.343/06) regula as questões relacionadas a substâncias entorpecentes no Brasil. Os crimes relacionados ao tráfico de drogas englobam a comercialização, transporte, armazenamento, produção e distribuição ilícita dessas substâncias. Já o porte de droga para consumo próprio é considerado quando a quantidade não ultrapassa a necessária para uso pessoal em um curto período.
“A atuação de um advogado especializado em crimes de tráfico de drogas é crucial para assegurar os direitos do acusado, construir uma defesa sólida e buscar as melhores soluções legais.”
Nesse contexto, a presença de um advogado criminalista é fundamental, pois ele pode garantir que o acusado seja tratado de forma justa e imparcial durante o processo criminal, evitando consequências mais graves. Além disso, o advogado pode orientar o cliente sobre os seus direitos e as melhores estratégias de defesa, buscando a melhor solução legal para o caso.

Em resumo, nos casos de acusação de porte de drogas, contar com um advogado criminalista experiente é essencial para garantir os direitos do acusado, construir uma defesa sólida e evitar consequências mais graves. Esse profissional possui o conhecimento e a habilidade necessários para lidar com acusações criminais relacionadas a drogas, buscando sempre a melhor solução legal para o cliente.
Decisão do STF sobre porte de maconha para consumo pessoal
Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) analisou a constitucionalidade do artigo 28 da Lei de Drogas e determinou que não é considerado crime o porte de até 40 gramas de maconha para uso pessoal. Com essa decisão, a posse de maconha para consumo próprio deixa de ser tratada como infração penal, passando a ter apenas consequências administrativas, como advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo.
Quantidade limite e procedimentos
O STF estabeleceu que é permitido ter até 40 gramas de cannabis sativa ou seis plantas-fêmeas para consumo pessoal. Mesmo assim, a polícia ainda pode apreender a droga, mas o usuário não poderá ser preso em flagrante. Além disso, o registro de antecedentes criminais também não poderá ser utilizado contra o indivíduo.
De acordo com a decisão, peritos em laboratório serão responsáveis por examinar a droga apreendida para identificação da substância e medição do volume, podendo envolver a pesagem em balança certificada. O governo também deverá promover programas educativos sobre os riscos do uso de drogas e oferecer tratamento de saúde para dependentes, envolvendo diversos órgãos estatais como a Senad.
“A decisão do STF representa um reconhecimento das injustiças cometidas pelo Judiciário e polícia na aplicação da lei de drogas, fornecendo uma ferramenta para usuários de maconha que não praticam crime ao consumir a droga.”
Apesar da decisão, alguns advogados criminalistas temem que seu impacto seja limitado, mantendo a presunção de tráfico sobre casos de uso recreativo baseada em evidências como volume de droga, embalagens, balanças ou registros de venda.
As pessoas também perguntam:
Como proceder em caso de prisão em flagrante?
Em caso de prisão em flagrante, o primeiro passo é manter a calma. É importante não resistir à prisão, mas garantir que seus direitos sejam respeitados. Solicite imediatamente o contato com um advogado para acompanhar o processo. O advogado pode ajudar a verificar se a prisão foi realizada de acordo com a lei, orientar sobre as opções legais disponíveis, como o pedido de liberdade provisória, e acompanhar as fases do processo judicial.
O que acontece se for pego como usuário?
Se for pego como usuário de drogas, a pessoa pode ser abordada pela polícia e, dependendo da situação, responder por posse para consumo pessoal. Nesse caso, a pena não envolve prisão, mas sim advertência, prestação de serviços à comunidade ou medida educativa, como o comparecimento a programas de recuperação. Importante destacar que a defesa legal é essencial para garantir que seus direitos sejam respeitados durante o processo.
Tem fiança para porte de drogas?
No caso de porte de drogas para consumo pessoal, a fiança não é prevista pela legislação brasileira. A pessoa pode ser liberada após a lavratura do flagrante, mas o processo continuará e ela poderá ser submetida a medidas alternativas, como programas de tratamento. Em casos de tráfico de drogas, a fiança é vedada, e a pessoa poderá ser mantida presa até julgamento. A consulta com um advogado é fundamental para orientar adequadamente sobre os próximos passos.
Quantos dias dura a prisão em flagrante?
A prisão em flagrante pode durar até 24 horas, prazo dentro do qual o preso deve ser levado a um juiz para ser ouvido. Caso o juiz decida pela conversão da prisão em preventiva ou liberdade provisória, o processo segue conforme as circunstâncias. Se não houver indícios suficientes para a prisão, o juiz pode determinar a liberação imediata do acusado. A presença de um advogado é fundamental para garantir os direitos do preso.
O que diz o artigo 312 do Código de Processo Penal?
O artigo 312 do Código de Processo Penal (CPP) trata da prisão preventiva. Ele estabelece que a prisão preventiva pode ser decretada quando houver prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria, além de situações específicas como: perigo à ordem pública, à aplicação da lei penal ou à conveniência da instrução criminal. A prisão preventiva é uma medida cautelar, que visa garantir o andamento adequado do processo e evitar riscos à sociedade ou à própria investigação.
Conclusão
Em resumo, a posse de drogas para consumo pessoal, incluindo a maconha, ainda é considerada crime no Brasil, porém as consequências passaram a ter natureza administrativa, sem a possibilidade de prisão. Entretanto, a conduta relacionada ao tráfico de drogas ainda é punida com penas de prisão.
Diante de uma acusação de porte de drogas, é fundamental a contratação de um advogado criminalista experiente, que possa avaliar as circunstâncias do caso e garantir os direitos do acusado, evitando consequências mais graves. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o porte de maconha para consumo pessoal representou um avanço, estabelecendo um limite de 40 gramas e procedimentos administrativos, sem a possibilidade de prisão em flagrante.
É importante ressaltar que, em casos envolvendo crimes relacionados a drogas, a presença de um profissional da advocacia criminal pode fazer a diferença na proteção dos direitos do acusado e na obtenção de resultados favoráveis, seja na negociação de acordos, na impetração de habeas corpus ou na apresentação de uma sólida defesa no processo criminal.

Links de Fontes
- https://www.direitopenalbrasileiro.com.br/como-acompanhar-um-flagrante-em-delegacia/
- https://vlvadvogados.com/prisao-em-flagrante/
- https://www.galvaoesilva.com/blog/direito-penal/trafico-de-drogas/
- https://www.galvaoesilva.com/blog/direito-penal/porte-de-drogas/
- https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-facil/edicao-semanal/porte-de-drogas-para-uso-pessoal
- https://advogadocriminalpoa.com.br/trafico-drogas/
- https://www.direitopenalbrasileiro.com.br/advocacia-criminal-trafico-de-drogas-na-pratica-penal/
- https://vieirabraga.com.br/defesa-em-casos-de-acusacao-de-cultivo-de-drogas-o-que-fazer/
- https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2024-07/decisao-do-stf-sobre-porte-de-maconha-demanda-novos-procedimentos
- https://www.conjur.com.br/2024-jul-18/stf-e-a-descriminalizacao-do-porte-da-maconha-uma-questao-de-politica-criminal/
- https://www.projuris.com.br/blog/advogado-criminalista/
- https://ademilsoncs.adv.br/a-importancia-do-advogado-criminalista/
- https://sintesecriminal.com/advogado-criminalista/