Receber uma ordem de despejo pode ser extremamente angustiante para quem aluga um imóvel, trazendo incertezas e dúvidas sobre como deixar o imóvel. No entanto, existem medidas que podem ser tomadas para contestar essa ação judicial e proteger seus interesses e direitos como inquilino. Independentemente do motivo, é essencial saber quais procedimentos legais devem ser seguidos tanto pelo locador quanto pelo locatário. Neste artigo, abordaremos de forma clara e acessível os passos que você pode tomar ao receber uma ordem de despejo, e as possíveis maneiras de contestar a ação judicial.

Principais aprendizados:
- As ações de despejo podem ser movidas por diferentes razões, sendo o não pagamento de aluguéis a mais comum.
- O locatário possui prazos legais para contestar a ação de despejo, sendo essencial agir dentro desses prazos.
- A contestação da ação de despejo pode se basear em diversos argumentos, como irregularidades no processo ou quitação dos aluguéis.
- A arbitragem pode ser uma opção mais rápida e econômica para resolver casos de despejo.
- Ferramentas de IA podem auxiliar advogados na defesa em processos de despejo, como na automatização de tarefas e revisão de contratos.
O que é uma ação de despejo?
A ação de despejo é um procedimento legal previsto na Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/91) que permite ao proprietário de um imóvel retomar o direito de uso do bem, removendo o inquilino residente. Existem diversas causas para ajuizar uma ação de despejo, como atraso no pagamento do aluguel, descumprimento de cláusulas contratuais, recusa em sair após o término do contrato, morte do locatário, necessidade de reformas urgentes, entre outros motivos.
Causas para ajuizar uma ação de despejo
- Atraso no pagamento do aluguel
- Descumprimento de cláusulas contratuais, como quebra de regras condominiais ou causar danos à propriedade
- Recusa em sair do imóvel após o fim do contrato de locação
- Morte do locatário
- Necessidade do proprietário de utilizar o imóvel
- Necessidade de reformas e reparos urgentes na construção que impossibilitem a habitação durante as obras
É importante ressaltar que a ação de despejo é um processo regulado pela Lei do Inquilinato, que estabelece prazos, procedimentos e direitos tanto para o proprietário quanto para o inquilino durante todo o trâmite.
“A falta de pagamento de aluguel é um dos motivos mais comuns para ação de despejo.”
Portanto, entender os motivos que podem levar à ação de despejo é fundamental para proprietários e locatários, visando evitar conflitos e garantir o cumprimento da legislação.
Como acontece a notificação de despejo?
A notificação de despejo é um passo fundamental no processo de ação de despejo. Existem dois tipos principais de notificação: a extrajudicial e a judicial.
A notificação extrajudicial serve como uma demonstração de boa-fé do locador, dando a oportunidade de o locatário desocupar o imóvel voluntariamente, sem a necessidade de envolver o sistema judiciário. Diante de uma notificação extrajudicial, é aconselhável que o locatário consulte um advogado especialista em ações de despejo para avaliar se é realmente necessário sair do imóvel.
Já a ordem de despejo judicial é feita por meio do sistema judicial, com o locador notificando formalmente o locatário sobre a intenção de retomar o imóvel. Se o locatário não desocupar o imóvel dentro do prazo estabelecido, o locador pode então entrar com uma ação judicial de despejo.
De acordo com a Lei do Inquilinato (Lei Nº 8.245/1991), geralmente é concedido um período de 15 a 30 dias para que o inquilino deixe o imóvel voluntariamente após receber a ordem de despejo.
Alguns casos específicos de ações de despejo incluem:
- Despejo por falta de pagamento
- Despejo para reparos urgentes
- Despejo por permanência após o término do contrato
- Despejo para uso próprio do imóvel
É importante que o locatário esteja atento a estas notificações e procure orientação jurídica adequada para entender seus direitos e os procedimentos legais envolvidos.
“A notificação prévia é vista como essencial pela doutrina em situações de contratos vigentes por prazo indeterminado, visando reduzir impactos negativos da efetivação do despejo.”

Ações de despejo e a defesa do locatário
Uma ação de despejo pode ser uma situação delicada e preocupante para o locatário. No entanto, é importante saber que o inquilino possui diversos direitos de defesa contra essa medida. Entender os motivos para contestar a ação e os prazos e procedimentos para contestação é fundamental para evitar uma desocupação indevida.
Motivos para contestar a ação
- Atrasos no pagamento do aluguel – o locatário pode comprovar que está em dia com os aluguéis e encargos.
- Descumprimento de cláusulas contratuais – o inquilino pode argumentar que não houve violação de cláusulas do contrato de locação.
- Recusa em desocupar o imóvel após o término do contrato – o locatário pode demonstrar que há justificativa para permanecer no imóvel.
- Problemas no imóvel que justifiquem a inadimplência – o inquilino pode alegar a existência de problemas estruturais, de manutenção ou de segurança que afetem sua capacidade de pagamento.
Prazos e procedimentos para contestação
O prazo para contestar a ação de despejo é de 15 dias úteis, contados a partir da data em que o comprovante de citação foi juntado ao processo ou da juntada do aviso de recebimento. Para isso, o locatário deve apresentar uma defesa que pode incluir a arguição de incompetência do juiz, pedido de impedimento ou suspeição do juiz, e contestação quanto ao mérito do pedido.
O desenvolvimento da ação de despejo é um processo complexo que exige o acompanhamento de um advogado especialista para orientar sobre os procedimentos legais e documentos necessários para contestar a ação de forma eficaz.
Conclusão
Receber uma ordem de despejo é uma situação extremamente desafiadora, mas é importante saber que existem mecanismos legais para contestar essa ação e proteger seus direitos do inquilino. Ao longo deste artigo, apresentamos os principais aspectos envolvidos em ações de despejo, desde as causas que podem levar a esse processo até os procedimentos legais para defesa do locatário e os prazos estabelecidos.
Entender esses detalhes é fundamental para poder se defender de forma eficaz e evitar a perda do seu imóvel. Portanto, não deixe de buscar orientação de um advogado especialista em caso de receber uma ordem de despejo. Com o conhecimento adequado e o amparo legal, é possível salvaguardar seus direitos do inquilino e encontrar uma solução satisfatória, mesmo diante dessa situação delicada.
Ao final, é importante ter em mente que a conclusão de uma ação de despejo pode variar de acordo com as circunstâncias específicas de cada caso, mas conhecer os procedimentos legais é essencial para proteger seus interesses e direitos como inquilino.

Links de Fontes
- https://www.arbitralis.com.br/blog/acao-de-despejo-passo-a-passo
- https://lawx.ai/2024/09/06/contestacao-de-acao-de-despejo/
- https://icassociados.com/acao-de-despejo-entenda-o-procedimento/
- https://www.groupsoftware.com.br/blog/acao-de-despejo/
- https://simonebassetto.adv.br/acao-de-despejo-entenda-como-funciona/
- https://meutudo.com.br/blog/acao-ou-ordem-de-despejo/
- https://francoguimaraes.com/acao-de-despejo
- https://www.migalhas.com.br/depeso/409496/pl-3-999-20-e-despejo-extrajudicial-uma-nova-abordagem
- https://vieirabraga.com.br/e-possivel-reverter-uma-ordem-de-despejo/
- https://www.camara.leg.br/noticias/1066460-comissao-aprova-projeto-que-disciplina-despejo-extrajudicial-por-atraso-de-aluguel
- https://www.rosenbaum.adv.br/ordem-de-despejo-como-funciona/
- https://www.galvaoesilva.com/blog/direito-imobiliario/acao-de-despejo/
- https://www.rosenbaum.adv.br/o-que-e-acao-de-despejo/
- https://www.carreiraodalgrande.com.br/tutela-de-urgencia-despejo-cpc2015/