Quando um inquilino recebe uma notificação de despejo, pode surgir a dúvida sobre a possibilidade de reverter essa ação. Existem, de fato, situações e medidas legais que podem ser tomadas para evitar a desocupação forçada do imóvel. Neste artigo, vamos explorar as circunstâncias em que é possível reverter uma ação de despejo e quais passos podem ser seguidos para isso. Independentemente do motivo, é essencial conhecer os procedimentos legais que devem ser seguidos tanto pelo locador quanto pelo locatário.

Principais aprendizados
- É possível reverter uma ação de despejo em determinadas circunstâncias
- Conheça os principais motivos que podem levar a um despejo e como evitá-los
- Entenda os prazos e procedimentos legais envolvidos em uma ação de despejo
- Saiba quais estratégias podem ser utilizadas para contestar uma ordem de desocupação
- Identifique situações em que o inquilino não pode ser despejado
O que é uma ação de despejo?
A ação de despejo é um procedimento jurídico previsto na Lei do Inquilinato (8.245/91) que permite ao proprietário de um imóvel remover o inquilino residente e retomar o direito de uso do bem. Esse processo é conhecido como reintegração de posse ou imissão de posse.
Motivos que podem levar a uma ação de despejo
A legislação prevê quatro principais motivos para o ajuizamento de uma ação de despejo:
- Atraso no pagamento do aluguel pelo locatário inadimplente;
- Descumprimento de cláusulas contratuais pelo inquilino;
- Recusa do inquilino em desocupar o imóvel após o término do contrato de locação;
- Morte do inquilino.
Além disso, o proprietário também pode solicitar o despejo para utilizar o imóvel ou realizar reformas e reparos urgentes no bem.
“A inadimplência é o motivo mais comum para uma ação de despejo, ocorrendo quando o inquilino deixa de pagar o aluguel, desencadeando a justificativa indiscutível para dar início à ação.”
É importante ressaltar que a Lei do Inquilinato e o Código Civil são as principais fontes legais que regulamentam questões relacionadas ao aluguel no Brasil, sendo necessário contar com um advogado especializado nessas áreas para lidar com a complexidade das leis de locação ao enfrentar uma ação de despejo.
Ações de despejo: Como contestar a ordem de desocupação?
Quando uma ordem de contestar ação de despejo é emitida, o defesa inquilino tem o direito de se defender. Essa defesa é fundamental, especialmente em casos onde a justificativa para a desocupação parece injustificada. Um advogado especialista em despejo pode orientação advogado especialista o locatário a apresentar os argumentos defesa necessários para contestar a ação de forma adequada.
O prazos contestação para contestar a ação de despejo é de 15 dias úteis, contados a partir da data em que o comprovante de citação foi juntado ao processo ou da juntada do aviso de recebimento. O inquilino pode apresentar diversos argumentos para contestar a ordem de despejo, como provar que está com os aluguéis e encargos em dia ou alegar problemas no imóvel que justificam a inadimplência.
- O prazo para apresentar a contestação em uma ação de despejo é de 15 dias úteis.
- A não apresentação da contestação no prazo legal implica na revelia do réu, conforme artigo 344 do CPC.
- Súmula 268 do STJ: O fiador que não integrou a relação processual na ação de despejo não responde pela execução do julgado.
- Súmula 109 do STF: É devida a multa prevista no art. 15, § 6º, da L. 1.300, de 28.12.50, ainda que a desocupação do imóvel tenha resultado da notificação e não haja sido proposta ação de despejo.
É fundamental que o inquilino busque orientação de um advogado especialista em ações de despejo para garantir que sua defesa inquilino seja apresentada de forma correta e dentro dos prazos contestação legais.

Estratégias para reverter uma ação de despejo
Quando enfrentamos uma ordem de despejo, é essencial agir rapidamente e adotar as estratégias certas para tentar reverter essa situação. Duas opções importantes a se considerar são o depósito judicial dos valores atrasados e a negociação direta com o proprietário.
Depósito judicial e negociação com o proprietário
O depósito judicial dos aluguéis pendentes antes da sentença pode ser uma maneira eficaz de evitar a reintegração de posse e a expulsão do inquilino. Essa ação demonstra boa fé no judiciário e responsabilidade por parte do inquilino em relação às dívidas do aluguel.
Outra alternativa é a negociação direta com o proprietário, onde é possível buscar um acordo que beneficie ambas as partes, como a concessão de um prazo maior para a regularização dos pagamentos ou a renegociação das condições da locação. Essa abordagem pode ser uma solução válida para evitar a desocupação do imóvel.
É importante contar com a assessoria de um advogado especialista em despejo para garantir a melhor defesa na ação e maximizar as chances de reverter a ordem de mandado de despejo.
“O pagamento prévio em juízo é uma ação que demonstra boa fé no judiciário e responsabilidade por parte do inquilino em questões de dívidas relacionadas ao aluguel.”
Adotar as estratégias certas, como o depósito judicial e a negociação com o proprietário, pode ser fundamental para reverter uma ação de despejo e evitar a perda do imóvel. Com o apoio de um advogado especialista, é possível maximizar as chances de sucesso nesse processo.
As pessoas também perguntam:
Como revogar uma ordem de despejo?
Para revogar uma ordem de despejo, é necessário entrar com uma ação judicial, como uma ação revisional ou uma contestação. O inquilino pode apresentar argumentos como pagamento das dívidas, irregularidade no processo ou outras defesas válidas. A revogação depende da análise do juiz, que considerará as provas apresentadas e a situação do contrato de locação.
Qual recurso cabível contra ação de despejo?
O recurso cabível contra uma ação de despejo é a Apelação, que deve ser interposta no prazo de 15 dias, contados da intimação da sentença. Caso o juiz determine a desocupação do imóvel, a apelação pode ser usada para contestar a decisão, desde que haja fundamentos legais e provas que justifiquem a revisão da sentença. O recurso é analisado por um tribunal superior, que pode manter, reformar ou revogar a decisão do juiz.
Como derrubar uma ação de despejo?
Para derrubar uma ação de despejo, é necessário apresentar uma defesa sólida, demonstrando irregularidades no processo ou no contrato, como o pagamento de alugueis, a falta de notificação adequada ou cláusulas abusivas.
Como contestar um despejo?
Para contestar um despejo, o inquilino deve apresentar sua defesa no prazo legal, argumentando, por exemplo, o cumprimento do contrato, a inexistência de dívidas, ou a ilegalidade do motivo alegado para o despejo.
Como impedir uma ação de despejo?
Para impedir uma ação de despejo, o inquilino pode negociar com o locador, regularizar dívidas pendentes ou apresentar argumentos legais como o cumprimento do contrato e a ausência de infrações.
Conclusão
Diante de uma ordem de despejo, é possível tomar diversas medidas legais para reverter essa situação e proteger os direitos do inquilino. Embora o processo de reverter uma ordem de despejo possa ser desafiador, é importante ter em mente que existem soluções disponíveis. Com o acompanhamento de um profissional qualificado e a adoção das estratégias adequadas, é possível evitar a perda da moradia e preservar os direitos do inquilino, mesmo diante de uma ameaça de despejo.
Portanto, ao enfrentar uma ordem de despejo, é essencial agir de forma rápida e assertiva, buscando a orientação legal necessária para garantir a melhor resolução possível do conflito. Isso envolve compreender os motivos que podem levar a uma ação de despejo, conhecer as formas de contestar a ordem de desocupação e implementar estratégias eficazes, como o depósito judicial e a negociação com o proprietário. Somente assim, será possível reverter a ordem de despejo e proteger os direitos do inquilino.
Em resumo, a conclusão deste artigo enfatiza a importância de agir com proatividade e expertise legal ao lidar com uma ordem de despejo, a fim de garantir a melhor solução possível e preservar os direitos do inquilino. Ao seguir as orientações aqui apresentadas, é possível evitar a perda da moradia e encontrar caminhos para reverter a ameaça de despejo.

Links de Fontes
- https://www.conjur.com.br/2021-fev-22/casagrande-bastos-fatores-podem-causar-acao-despejo/
- https://grupolar.com.br/dicas/ordem-de-despejo/
- https://www.galvaoesilva.com/blog/direito-imobiliario/acao-de-despejo/
- https://epd.edu.br/blog/como-funciona-a-acao-de-despejo-por-falta-de-pagamento/
- https://vlvadvogados.com/despejo/
- https://www.rosenbaum.adv.br/ordem-de-despejo-como-funciona/
- https://modeloinicial.com.br/peticao/11128950/contestacao-acao-despejo
- https://vieirabraga.com.br/e-possivel-reverter-uma-ordem-de-despejo/
- https://imoveis.estadao.com.br/aluguel/como-se-defender-em-uma-acao-de-despejo/
- https://www.imovelmagazine.com.br/artigos/advogado-explica-como-descomplicar-acao-de-despejo/
- https://www.alude.com.br/blog/acao-de-despejo
- https://www.aurum.com.br/blog/acao-de-despejo/