A guarda compartilhada é um tema fundamental para os pais que enfrentam a separação, pois estabelece um equilíbrio entre os direitos e deveres dos genitores na criação dos filhos. Desde a aprovação da Lei n. 13.058, em 2014, a guarda compartilhada tornou-se a norma no Brasil, assegurando que ambos os pais exercitam suas responsabilidades parentais de maneira conjunta. É imprescindível que os pais compreendam suas obrigações legais e como podem colaborar para o bem-estar dos filhos, evitando conflitos desnecessários.

Neste contexto, a atuação de um advogado de direito da família se faz essencial, já que ele pode fornecer uma consultoria jurídica de família adequada para que os pais compreendam suas responsabilidades e direitos na guarda compartilhada. Essa abordagem não apenas promove a harmonia familiar, mas também prioriza o que é melhor para as crianças, ao mesmo tempo em que contempla a necessidade de uma convivência saudável entre os pais.
Principais conclusões
- A guarda compartilhada é a regra no Brasil desde 2014.
- Ambos os pais têm direitos e deveres semelhantes quanto à criação dos filhos.
- A guarda compartilhada visa o melhor interesse da criança, promovendo um convívio equilibrado.
- As obrigações de pensão alimentícia continuam a existir independentemente do tipo de guarda.
- A decisão sobre a guarda pode ser revisada conforme mudanças nas circunstâncias dos pais.
Entendendo a guarda compartilhada e seus princípios
A guarda compartilhada é um tema relevante no contexto jurídico brasileiro, especialmente desde a implementação da Lei 13.058/2014. Essa legislação define que, em casos de divórcio ou dissolução de união estável, a guarda compartilhada deve ser a primeira opção para o judiciário. O que é guarda compartilhada? Essa modalidade implica que ambos os pais tomem decisões coletivas sobre a educação, saúde e bem-estar da criança, promovendo um ambiente equilibrado e saudável para seu desenvolvimento.
O que é guarda compartilhada?
A guarda compartilhada é um arranjo jurídico onde ambos os genitores têm direitos e deveres equivalentes em relação à criação dos filhos. Segundo o Artigo 1.583 do Código Civil brasileiro, essa forma de guarda garante que as decisões sobre a vida da criança sejam tomadas em conjunto. É fundamental definir uma base residencial para assegurar a estabilidade e a manutenção de rotinas para a criança ou adolescente.
Vantagens da guarda compartilhada
As vantagens da guarda compartilhada são amplamente reconhecidas. Esse modelo fortalece o vínculo familiar e diminui conflitos entre os pais, uma vez que ambos devem colaborar em questões relacionadas ao filho. Especialistas destacam que esse arranjo promove a participação ativa dos pais na educação e cuidados da criança, refletindo diretamente no seu desenvolvimento emocional e social.
Diferenças entre guarda compartilhada e guarda unilateral
As diferenças entre guarda compartilhada e guarda unilateral são significativas. Na guarda unilateral, apenas um dos pais exerce a totalidade dos poderes de decisão, enquanto o outro possui direitos limitados, geralmente relacionados à supervisão e visitação. Mesmo nesses casos, ambos os genitores mantêm a obrigação legal de garantir o bem-estar dos filhos. A guarda compartilhada, por sua vez, visa sempre o princípio do melhor interesse da criança, envolvendo a tomada conjunta de decisões.

Direitos e deveres dos pais na guarda compartilhada
A guarda compartilhada é implementada no Brasil desde 2014 e tem como base a ideia de que ambos os pais devem dividir igualmente as responsabilidades na criação dos filhos. Isso inclui a participação nas decisões fundamentais sobre a educação, saúde e lazer da criança. A colaboração entre os genitores é crucial, pois essa participação ajuda a garantir que as crianças desenvolvam laços saudáveis com ambos os pais, evitando a alienação parental e promovendo um ambiente familiar equilibrado.
Responsabilidades na criação dos filhos
Na guarda compartilhada, as responsabilidades na criação dos filhos são iguais, exigindo que ambos os pais estejam comprometidos com o bem-estar do menor. Essa abordagem não só fortalece os vínculos familiares, mas também proporciona às crianças uma base sólida para seu desenvolvimento emocional e psicológico. O contato regular com ambos os genitores, conforme demonstrado em estudos, está associado a melhores resultados na saúde mental e emocional dos filhos.
Participação nas decisões da vida do filho
A participação nas decisões da vida do filho é uma parte fundamental da guarda compartilhada. Quando os pais se unem para discutir e decidir sobre questões importantes, como educação e saúde, eles demonstram um comprometimento conjunto. Essa unidade é indispensável para que o plano de parentalidade funcione de forma eficaz, assegurando que as necessidades da criança sejam sempre priorizadas.
Pensão alimentícia e suas implicações
Em relação à pensão alimentícia, mesmo na guarda compartilhada, é fundamental que ambos os pais contribuam proporcionalmente para as despesas dos filhos, levando em consideração suas condições financeiras. A fixação de valores deve ser discutida em conjunto ou com o auxílio de um advogado especializado em advocacia de família, garantindo que a criança tenha acesso ao padrão de vida que lhe é devido. A responsabilidade alimentar é uma obrigação incondicional que deve sempre ser respeitada em benefício do menor.
As pessoas também perguntam:
O que diz a nova lei sobre guarda compartilhada?
A nova lei sobre guarda compartilhada estabelece que, sempre que possível, as decisões sobre a criança devem ser tomadas em conjunto pelos pais, promovendo o equilíbrio e o envolvimento de ambos na vida da criança, garantindo seu bem-estar e interesses. A guarda compartilhada foi tornada obrigatória, salvo em situações de risco ou impossibilidade, como em casos de violência doméstica ou abandono. A legislação busca assegurar uma convivência equilibrada entre os pais e a criança, favorecendo a participação ativa de ambos.
Quantos dias o pai tem direito de ficar com o filho na guarda compartilhada?
Na guarda compartilhada, não há uma divisão rígida de dias, mas ambos os pais devem ter um tempo significativo com o filho. O ideal é que a convivência seja equilibrada, levando em consideração as necessidades da criança e as condições de cada pai. Em muitos casos, o tempo pode ser dividido de forma alternada, como semanas alternadas, finais de semana ou outras formas que melhor atendam às necessidades da criança. A principal prioridade é o bem-estar do filho e a possibilidade de ambos os pais participarem ativamente de sua vida.
Como funciona a guarda compartilhada de 15 em 15 dias?
Na guarda compartilhada de 15 em 15 dias, o filho passa uma semana com cada pai, alternando a cada 15 dias. Esse modelo visa proporcionar equilíbrio na convivência com ambos os pais, permitindo que cada um participe igualmente da rotina e das decisões sobre a vida da criança. A escolha desse formato depende das condições dos pais e do melhor interesse do filho, com a possibilidade de ajustes conforme a situação. O ideal é que os pais mantenham um bom diálogo e cooperação para garantir o bem-estar da criança.
O que posso exigir do pai do meu filho?
Você pode exigir do pai do seu filho o cumprimento de deveres relacionados à guarda, visitas, educação e sustento da criança. Isso inclui o pagamento de pensão alimentícia, participação nas decisões sobre saúde, educação e bem-estar do filho, além de visitas regulares, caso a guarda seja compartilhada. Caso ele não cumpra com suas obrigações, é possível buscar a via judicial para garantir os direitos do seu filho, como a revisão da pensão ou a definição mais clara sobre a convivência familiar.
O que acontece quando a mãe não aceita a guarda compartilhada?
Quando a mãe não aceita a guarda compartilhada, o pai pode recorrer ao Judiciário para solicitar uma revisão da guarda. O juiz avaliará o melhor interesse da criança, levando em consideração o direito de convivência com ambos os pais e a capacidade de cada um em cuidar do filho. Caso o juiz decida que a guarda compartilhada é a melhor opção para o bem-estar da criança, ele pode determinar a implementação dessa guarda, mesmo sem o consentimento de um dos pais. Em situações mais complexas, o juiz pode definir uma guarda unilateral, caso considere que isso seja mais benéfico para a criança.

Links de Fontes
- https://danielfrederighiadvogados.com.br/guarda-compartilhada/
- https://www.galvaoesilva.com/blog/direito-da-familia/guarda-compartilhada/
- https://www.tjdft.jus.br/consultas/jurisprudencia/jurisprudencia-em-temas/jurisprudencia-em-detalhes/familia-e-sucessao/guarda-compartilhada-2013-melhor-interesse-da-crianca
- https://www.aurum.com.br/blog/guarda-compartilhada/
- https://ambitojuridico.com.br/da-guarda-compartilhada/
- https://ibdfam.org.br/artigos/1653/Princípio do melhor interesse da criança: como definir a guarda dos filhos?
- https://vlvadvogados.com/guarda-compartilhada/
- https://advocaciareis.adv.br/blog/familia/guarda-compartilhada/
- https://feltrimcorrea.com.br/guarda-compartilhada-a-importancia-e-os-detalhes-da-responsabilidade-conjunta-dos-pais/