Restituição de tributos pagos a maior: Como calcular?

Neste artigo, abordaremos a recuperação de tributos federais pagos indevidamente ou a maior, por meio do pedido de restituição ou compensação. O pagamento indevido ocorre quando o contribuinte paga o que não deve, enquanto o pagamento a maior acontece quando ele paga mais do que deve. Isso pode acontecer devido a informações imprecisas nos sistemas fiscais para cálculo dos tributos. Quando isso ocorre, é possível solicitar a restituição ou compensação à Receita Federal, utilizando o programa PER/DCOMP.

Advogado tributário

De acordo com a Lei nº 9.430/1996 e a Instrução Normativa RFB nº 2.055/2021, é possível pedir a restituição de imposto de renda, PIS/COFINS, IPI, ICMS e outros créditos tributários administrados pela Receita Federal que tenham sido pagos indevidamente ou a maior. Esses procedimentos de pedido de ressarcimento e restituição de valores pagos indevidamente são regulamentados pela legislação.

Principais pontos de aprendizagem

  • A Lei nº 9.430/1996 permite a restituição de tributos federais pagos indevidamente ou a maior.
  • A Instrução Normativa RFB nº 2.055/2021 estabelece as regras e procedimentos para a recuperação desses valores.
  • É possível solicitar restituição ou compensação de tributos administrados pela Receita Federal, como imposto de renda, PIS/COFINS, IPI e ICMS.
  • O pedido de ressarcimento e a restituição de valores pagos indevidamente seguem procedimentos específicos.
  • Os créditos de tributos passíveis de restituição são acrescidos de juros e correção monetária.

O que é compensação e restituição de tributos?

Considera-se pagamento indevido quando o contribuinte paga o que não deve, e pagamento a maior quando paga mais do que deve. Isso pode acontecer devido a informações imprecisas nos sistemas fiscais para cálculo dos tributos. Nesses casos, é possível solicitar a restituição ou compensação à Receita Federal.

Pagamento indevido ou a maior

Para recuperar o valor pago indevidamente ou a maior, é necessário avaliar o cálculo do valor nas obrigações acessórias, informar o valor correto na DCTF e ajustar a escrituração contábil. Após a verificação, é necessário fazer o download do programa PER/DCOMP ou preencher as informações via PER/DCOMP WEB.

Procedimentos para recuperação

O contribuinte pode fazer o pedido de restituição e depois o pedido de compensação, garantindo a utilização do crédito por mais de 5 anos. Segundo os dados, o prazo para efetuar o pedido de restituição é de até 5 (cinco) anos contados da data de emissão do documento ou do pagamento indevido.

“A diferenciação entre restituição e ressarcimento é que a restituição é a devolução de valor pago indevidamente aos cofres públicos, enquanto o ressarcimento é a devolução de imposto retido por Substituição Tributária a favor do Estado.”

Além disso, a restituição do indébito tributário é processada mediante ordem de pagamento, com obrigatória notificação para o destinatário no caso de ser sacado através de ordem bancária. O pedido de restituição deve ser assinado pelo próprio contribuinte ou por procurador com poderes específicos e firma reconhecida.

Compensação e restituição de tributos

O processo de compensação e restituição de tributos é essencial para garantir o correto recolhimento dos impostos e taxas devidos pelas empresas e contribuintes. Neste contexto, o serviço de compensação de tributos federais (PER/DCOMP) permite que os contribuintes compensem créditos tributários com valores de tributos a pagar, como impostos, taxas e contribuições.

A declaração de compensação deve ser feita, em geral, por meio do PER/DCOMP Web ou programa Pedido de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação (PER/DCOMP). Existem diversas vedações de compensação estabelecidas por lei e atos normativos, além de regras específicas para compensação de contribuições previdenciárias com outros tributos.

O processo de restituição de tributos pagos indevidamente ou a maior também é importante. Os créditos, pagamento indevido ou a maior, de tributos administrados pela Receita Federal passíveis de restituição, serão restituídos ou compensados acrescidos de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais, acumulados mensalmente, e de juros de 1% a partir do mês subsequente ao do pagamento indevido ou a maior.

É importante manter uma equipe qualificada de contabilidade para realizar cálculos corretos e evitar pagamentos indevidos, reduzindo a necessidade de restituição ou compensação de tributos. Além disso, o planejamento tributário adequado pode ajudar a reduzir o risco de a empresa estar em débito com a Receita Federal ao pedir devolução de tributos.

Consulte os especialistas da Vieira Braga Advogados para obter mais informações sobre compensação e restituição de tributos e garantir o correto recolhimento de impostos para sua empresa.

Compensação e restituição de tributos

As pessoas também perguntam:

Como é feito o cálculo da restituição?

O cálculo da restituição de tributos pagos a maior é feito pela Receita Federal após a retificação da declaração do contribuinte. O valor pago a mais é subtraído do imposto devido, e o reembolso é feito com juros, calculados pela taxa Selic. O processo ocorre conforme a ordem de envio das declarações, geralmente em lotes anuais. É recomendado consultar um contador ou advogado tributário para garantir o correto procedimento.

Como restituir imposto pago a mais?

Para restituir o imposto pago a mais, é necessário retificar a declaração de Imposto de Renda ou outro tributo pago, informando os valores corretos. Após a retificação, a Receita Federal analisa e calcula a restituição, incluindo os juros, com base na taxa Selic. O valor será reembolsado ao contribuinte conforme a ordem de envio das declarações, geralmente em lotes anuais. Caso o contribuinte tenha dúvidas, é recomendável buscar orientação de um contador ou especialista tributário para garantir o procedimento correto.

O que fazer quando pagamos um DARF a maior?

Se você pagou um DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais) a maior, o primeiro passo é retificar a declaração de impostos (como Imposto de Renda) ou, caso não tenha declarado, solicitar a compensação do valor pago a mais. Você pode pedir a restituição do valor através da Receita Federal, que fará o reembolso com juros, calculados com base na taxa Selic. Para garantir que o processo seja realizado corretamente, é recomendado consultar um contador ou especialista tributário.

Como calcular a correção da restituição do Imposto de Renda?

A correção da restituição do Imposto de Renda é feita com base na taxa Selic, que é aplicada sobre o valor da restituição a partir do mês seguinte ao término do prazo para pagamento até a data do crédito. A Receita Federal calcula automaticamente a correção ao processar a restituição. Caso o contribuinte tenha pagado tributo a maior, a correção será incluída na devolução. Para saber o valor exato da correção, é possível consultar a consultar o extrato da restituição no portal da Receita Federal.

Como restituir ICMS pago a maior?

Para restituir o ICMS pago a maior, o contribuinte deve solicitar a compensação ou restituição diretamente à Secretaria da Fazenda do estado em que o tributo foi pago. O processo geralmente começa com a retificação das declarações fiscais, como a Declaração de ICMS. Após análise da solicitação, o órgão estadual pode devolver o valor pago a mais ou compensá-lo com débitos futuros. Para garantir o correto procedimento, é recomendado consultar um contador ou advogado especializado em direito tributário.

Conclusão

Portanto, essas foram as principais informações sobre a recuperação de pagamento indevido ou a maior de tributos federais, utilizando a PER/DCOMP. A identificação de uma possível recuperação de tributos requer uma análise detalhada das operações da empresa, com o objetivo de identificar os pagamentos a maior ou indevidos. Essa recuperação pode ser feita administrativamente ou judicialmente, e permite a redução de custos, aumento da liquidez, maior competitividade e redução de riscos tributários. É uma operação muito vantajosa se conduzida com técnica e responsabilidade.

O prazo de 5 anos para solicitação de restituição ou compensação, bem como a necessidade de apresentar toda a documentação comprobatória, são aspectos fundamentais a serem observados. Além disso, existem diferentes tipos de pedidos possíveis no PER/DCOMP, cada um com suas regras específicas a serem seguidas.

Em resumo, a recuperação de pagamentos indevidos ou a maior de tributos federais, por meio da PER/DCOMP, é uma estratégia eficaz para as empresas, desde que realizada de forma correta e fundamentada. Essa prática permite a otimização dos recursos financeiros, fortalecendo a saúde financeira e a competitividade das organizações no mercado.

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